Gerson supera drama de saúde e volta à seleção para ser um ‘curinga’: ‘Desfrutar o momento’
Gerson vive um ano de extremos. Começou a temporada necessitando de internação e cirurgia às pressas, voltou aos campos e, jogando em alto nível, retornou à seleção brasileira. Em Curitiba, onde a equipe Nacional encara o Equador, sexta-feira (22h), pelas Eliminatórias Sul-Americanas, o jogador do Flamengo revelou que o drama do problema nos rins poderia ter abreviado sua carreira e celebra o grande momento se colocando à disposição de Dorival Júnior como um “curinga.”
Mesmo sendo segundo volante de origem, Gerson virou destaque do Flamengo por também ajudar como armador ou ponta direita. Essa versatilidade é que ele espera apresentar na seleção brasileira, mesmo ciente que terá muita concorrência (boa) por uma vaga entre os 11 titulares. Para ele, só de ser lembrado mais uma vez já é um prêmio em ano que começou bastante complicado.
“Eu costumo dizer e pensar que na vida é cada dia um aprendizado. Hoje uma coisa diferente, amanhã outra e você vai amadurecendo mais. Agora é um novo Gerson, com diversas novas possibilidades e me vejo bem, estou no auge fisicamente, com a cabeça boa e preparado para contribuir”, afirmou o meio-campista, bastante feliz em sua segunda passagem pelo grupo principal nacional.
“Passei um momento muito difícil, como atleta, a gente sabe que têm diversos riscos de se lesionar, mas meu caso foi um pouco diferente, não foi lesão no trabalho, tive muitas dores e os familiares e companheiros foram muito importantes. Batalhei muito para estar aqui, estou vivendo grande momento e espero continuar”, disse. “Para estar aqui de novo, com jogadores de alto nível, é bastante difícil e tem de batalhar. É muito importante para mim (a convocação), há meses poderia receber a notícia de que não poderia jogar mais futebol, então é um momento que quero desfrutar.”
Gerson foi questionado sobre qual posição se encaixaria no esquema de Dorival Júnior e arrancou alguns risos com a resposta inusitada. “Curinga”, disse. “Acho que o importante é estar aqui, não importa onde for jogar, fico feliz de estar de novo”, prosseguiu, revelando que ainda não conversou com o técnico sob onde pode ser melhor aproveitado.
“Ainda vamos ter um pouco de tempo para conversar com o professor, mas estou feliz de estar de volta, batalhei bastante para estar aqui, tive um momento difícil de saúde, tentei me recuperar o mais rápido possível para fazer bem no meu clube e para estar representando meu País mais uma vez. Já que sou o curinga, o importante é estar fazendo parte desse grupo”, observou.
Sem jogar em Curitiba há mais de 20 anos, a seleção brasileira vem recebendo um grande tratamento dos paranaenses que devem lotar o Couto Pereira, e Gerson vê esse apoio como fundamental para a volta por cima nas Eliminatórias após três derrotas seguidas.
“Desde quando chegamos, fomos muito bem recebidos, até na saída ou volta para os treinos. É um novo ciclo, a estreia do professor nas Eliminatórias. Será um jogo bastante difícil, mas estamos treinando focados para apresentar um bom futebol e fazer grande jogo”, disse, descartando elenco rachado com a torcida.
“Somos todos brasileiros, não existe rivalidade de torcedores com jogadores, nós juntos somos mais fortes. Estou chegando agora, já fui convocado antes, e vejo todo mundo focado em bom trabalho, e isso é bom para o nosso futebol. Mais importante é nosso País e a gente vem de corpo e alma para se dedicar o máximo possível.”