Gatinho sem duas patas ganha lar e vira mascote da família
O João tem 3 anos, é esperto, gosta de se esconder e acha que é o dono da casa. Na cama da Gresci e do Ricardo só ele pode dormir. Ele não é o filho preferido, mas sem sombra de dúvidas, é o mais mimado. O gato João divide a casa com outros cinco felinos e três cachorros. Todos vivem em perfeita harmonia, tirando os dias em que ele acorda mal-humorado e briga com os outros gatos.
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A primeira vista, quem ouve sua história imagina um gatinho normal, serelepe e saudável. E ele é exatamente assim, só que um pouco mais especial. Quando ainda era um filhotinho, João foi atropelado. Perdeu uma pata dianteira e teve uma das patas traseiras gravemente ferida. Uma médica veterinária o resgatou, mas por causa dos ferimentos ele precisava de cuidados especiais.
A Gresci que já conhecida a médica, se prontificou a ficar com ele. Mas a mudança do João não foi tão fácil assim. “Quando vi o João pela primeira vez me apaixonei, e sabia que tinha que fazer alguma coisa por ele. Meu esposo já não queria que adotássemos mais gatos. Mas não teve como, tive que dar meu jeito”, brincou a supervisora de vendas Gresci Fercher.
João chegou tímido na nova casa, para ajudar na adaptação, a tutora mudou de cama e dormiu por três meses com ele no sofá. Com a gravidade do ferimento do acidente, João acabou perdendo também a pata traseira. E diferente do que a médica veterinária e até a tutora temiam, ele teve uma melhora significativa e aprendeu com muita facilidade a andar com as duas patas.
“O João é um grude comigo, quando veio pra cá bem pequenininho. Colocava na patinha dele a meia de RN da minha neta. Todo esse período foi muito delicado, porque tínhamos medo dele perder a pata traseira e ficar depressivo. Mas cuidamos dele com tanto carinho, que ele ficou muito bem. É um grude comigo”, disse a tutora.
Na casa da Gresci, os pets são o xodó da família. Lorenzo, Cleo, Benjamin, Vida, Micael, Melanie, Rebeca, Porqueira e Melissa, cada um com sua personalidade própria e com uma história. O Benjamim, por exemplo, também foi resgatado ainda filhote. Na época, por causa de um calicevirose perdeu um dos olhos e parcialmente a visão de outro. Já a cadelinha Porqueira, foi resgatada de uma situação de maus tratos, e acabou recebendo esse nome pelo estado de sujeira em que foi encontrada.
Há quem ache exagero, mas os animais de estimação são muitas vezes parte da família. Não é segredo os benefícios que eles trazem para os humanos. “Os animais precisam de nós, e o que eu posso fazer pelos meus bichos eu faço”, completou Gresci.