• “Gastômetro” mostra em tempo real despesas dos governos

  • 25/abr 04:25

    Ali, bem no coração de São Paulo, uma placa luminosa brilha com números que aumentam sem parar. É o Gasto Brasil— uma ferramenta criada pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, em parceria com a Associação Comercial de São Paulo, inaugurada na quarta-feira. Ele exibe dados de valores dos gastos básicos do governo, como despesas com pessoal, gastos previdenciários e investimentos. Inspirado no “Impostômetro”, lançado pela ACSP há 20 anos, o Gasto Brasil busca conscientizar a população sobre o uso dos recursos públicos e seu impacto na renda dos trabalhadores, na geração de empregos e na economia.

    Acompanhamento online

    E o melhor vem agora: além dos dados online da União e Estados, o Gasto Brasil lista as despesas de todas as prefeituras do país. O bom é que a plataforma pode ser acessada no site oficial www.gastobrasil.com.br, permitindo que cidadãos acompanhem as informações remotamente. A iniciativa também pretende fomentar maior transparência sobre o orçamento governamental e promover o engajamento dos cidadãos na fiscalização das contas públicas. Na última vez que olhamos, Petrópolis ontem estava na faixa de R$ 545 milhões, mas o marcador, igual taxímetro, sobe rapidinho.

    Taí a placa do Gasto Brasil, em São Paulo, mostrando quanto os governos usam de dinheiro em tempo real. E a ferramenta ainda pode ser consultada de forma online. Foto de Cesar Bruneli.

    É mata que não acaba mais

    Membros de entidades como Appande, Ama-Centro Histórico e Instituto Civis aproveitaram o feriadão para se debruçarem sobre os mapas: os do Iphan, com as novas demarcações de destombamento e os anteriores, que garantiram a preservação. E, sobrepondo os mapas, ficaram bestas com o que perceberam. Se estiverem certos em sua interpretação, eles dizem que as áreas de mata destombadas serão imensas e citam três exemplos: do Morin até a Souza Franco, rua da feira; da Werner até a rodoviária do Bingen e das Duas Pontes até o Quitandinha. Por nossa conta, a gente ainda vai além: da Marechal Deodoro até a Paulo Barbosa também…

    Para entender a história:

    A proposta de rerratificação do tombamento em Petrópolis começou lá trás em 2017 com o Iphan anunciando que faria um estudo. Eis que há poucas semanas ela foi apresentada e prevê uma redução significativa na área protegida, com a exclusão de cerca de 8 mil imóveis da lista de bens tombados e uma redução de 38% do espaço protegido. Apesar disso, o Iphan afirma que a iniciativa busca ampliar a proteção em áreas estratégicas, como o Centro Histórico e os morros ao redor. É uma conta que não bate: o Iphan diz que aumenta, mas os números mostram que não. O assunto tomou relevância nacional e as entidades preservacionistas se manifestaram sobre a chance de descaracterização da cidade e agravamento dos danos ambientais.

    Imagina isso

    E as entidades lembram a importância de se lutar pela preservação, combatendo a especulação imobiliária citando duas tentativas (fracassadas, graças a Deus e aos que colocaram a boca no trombone) ao lado do Hotel Quitandinha: na década de 60, a ideia de construir ali ao lado um arranha-céu e uma segunda investida, anos depois, com a proposta de um prédio com 200 apartamentos, projeto assinado por Niemeyer.

    Emergência na Posse

    O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência em Petrópolis devido à queda de rochas no distrito da Posse, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União na terça. Com isso, a Prefeitura pode solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como distribuição de cestas básicas, água e kits de higiene. Esses recursos não podem ser usados diretamente para obras de infraestrutura ou reconstrução. É preciso entrar com pedido em outras rubricas da Defesa Civil Nacional.

    No cemitério também

    Falando em emergencial,  a Prefeitura conseguiu R$ 4 milhões do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para investir no Cemitério do Centro. Como todos lembram, lá em 2023, houve deslizamento de encostas destruindo a quadra 9 de gaveteiros. Mas, não foi o primeiro: desde 2008, 315 gavetas estão interditadas por causa de um deslizamento na quadra 15. E verdade seja dita, o processo pedindo verbas foi feito ainda na gestão Bomtempo que recebeu ajuda do deputado federal Hugo Leal.

    E vai rolar mais uma edição do programa Fado em Cidades Históricas. O evento gratuito acontece aqui entre 06 e 08 de junho, no Palácio de Cristal. Alceu Valença é uma das atrações. Ele traz à cidade o espetáculo ALCEU DISPOR, apresentando uma avalanche de sucessos — de “Anunciação” a “Belle de Jour”, passando por clássicos de Luiz Gonzaga que marcam sua identidade nordestina.

    Bota-fora prorrogado

    Devido ao sucesso de público, a Associação Petropolitana de Pacientes Oncológicos estendeu por mais uma semana o Bota Fora Bazar. O evento acontece até o dia 30 de abril, na Rua do Imperador, 842, no Centro. O bazar arrecada fundos para a manutenção dos serviços da Casa de Apoio a pacientes mantida pela APPO.

    Contagem

    Petrópolis está há 1 ano e 351 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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