• GamePlay Arena ganha programação dedicada ao público feminino no Rock in Rio

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  • 11/09/2022 19:53
    Por Marcio Dolzan / Estadão

    “Escondida” na Arena Carioca 1, a GamePlay Arena foi ao longo dos sete dias de Rock in Rio um dos espaços de maior desafogo do festival. Capaz de proporcionar ao mesmo tempo descanso e lazer, a área reuniu games e consoles de última e de (quase) primeira gerações. Quem passou por lá pode aproveitar do moderníssimo PlayStation 5 às velhas máquinas de fliperama e pinball. A GamePlay Arena também foi palco de palestras, apresentações e disputas de campeonatos profissionais. E, neste domingo, teve programação dedicada integralmente às mulheres.

    “O Rock in Rio está trazendo hoje exclusivamente mulheres para todos os palcos do festival. É o Dia Delas, que é pra mostrar a força e a representatividade feminina dentro da música, e aqui na GamePlay Arena a gente não podia fazer diferente. Existe de fato essa luta das mulheres para terem mais espaço e visibilidade dentro da indústria gamer”, disse Paula Magrath, gerente de Novos Negócios do Rock in Rio e responsável pela Gameplay Arena.

    Paula ressaltou que o público feminino sempre se interessou por games, apesar de muita gente – inclusive a indústria gamer – muitas vezes sugerir o contrário. “Mulheres presentes nos games sempre houve. Quando você olha os números do cenário dos games, as mulheres representam mais de 50%”, pontuou. “Mas quando você olha para o cenário profissional, de jogadoras profissionais, essa representatividade cai demais. Então o que a gente vê é que as mulheres têm interesse, mas não têm tanto espaço ou tanto apoio.”

    A fala foi corroborada por Roberta Coelho, CEO do MIBR, maior time de e-sports do Brasil. Ela participou de um painel sobre as mulheres no universo gamer no início da tarde. “As meninas ainda estão descobrindo o poder delas neste universo. Ele é feito para todo mundo, e a gente vem tentando bater nesse tambor a todo momento. Mas a gente, como sociedade, ainda pensa que game é coisa de menino”, considerou.

    Ela lembrou ainda que trabalhar no universo gamer vai muito além de se tornar jogador ou jogadora profissional. “Pra desenvolver um game você precisa de um roteirista, de um produtor musical, de um figurinista, além de toda parte de desenvolvimento tecnológico propriamente dito e dos advogados que vão registrar a marca. É uma quantidade de oportunidades de carreiras muito rica nesse universo, e que muitas vezes as meninas não olham.”

    No Dia Delas, a GamePlay Arena contou com um confronto entre as equipes femininas MIBR e Gamelanders Purple, que teve narração e apresentação da equipe de mulheres do torneio na Riot Games – Barbara “Bah” Gutierrez, Flavia “Naoshii” Carvalho e Camila “Chun” Curci, além de programação variada com mulheres no comando. Ainda assim, os consoles, fliperamas e máquinas de pinball ficaram disponíveis para o público em geral.

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