• Galípolo: papel do BC, além da meta de inflação, é não introduzir mais volatilidade no mercado

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  • 07/jun 13:53
    Por Célia Froufe e Fernanda Trisotto / Estadão

    O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o BC tem de perseguir a meta de inflação e não criar volatilidade no mercado. “O papel da autoridade monetária é perseguir a meta de inflação e, se puder ajudar, não introduzir mais volatilidade no mercado”, afirmou, durante seminário do programa de pós-graduação em Economia da da Universidade de Brasília (UnB) nesta sexta-feira.

    Galípolo comentou que as expectativas desempenham papel essencial na análise econômica, tanto na formação de preços quanto na condução da política monetária, e afirmou que o BC tem instrumentos para atingir a meta de inflação e que ele tem bastante clareza do arcabouço institucional e legal da autoridade monetária: a meta é definida pelo poder Executivo e perseguida pelo BC.

    “Cabe ao Copom colocar a taxa de juros no patamar restrito necessário tempo suficiente para atingir a meta de inflação”, disse ele, defendendo a perseguição da meta ainda que com choques exógenos.

    Galípolo destacou que a autonomia do BC não quer dizer que a autoridade monetária pode fazer o que bem entender, e que a política fiscal não pode ser desculpa para não se atingir a meta.

    “Não gosto de ficar comentando outras áreas do governo que podem ter influência na política monetária para não dar ideia de que isso seria uma desculpa para não perseguir ou não atingir a meta de inflação”, comentou o diretor.

    Ao destacar que o BC vai seguir seu trabalho para conduzir a inflação para a meta, Galípolo disse que a viabilidade da meta de 3% não é motivo de discussão para um diretor do BC, que deve trabalhar para atendê-la. “A banda (das metas) não está lá para reduzir o esforço da política monetária, mas para acomodar choques”, disse.

    Mercado de câmbio

    O diretor de Política Monetária do Banco Central defendeu ainda que intervenções do BC no câmbio estão ligadas apenas a alguma disfuncionalidade do mercado. “Seria estranho responder à valorização do dólar com uma intervenção cambial”, comentou.

    Ele lembrou que as reservas internacionais – que somam mais de US$ 350 bilhões – são uma arma que não se quer usar e que existem para evitar um ataque especulativo sobre a moeda nacional.

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