• Galípolo diz que, mais que volume de gastos, impulso fiscal foi maior que esperado inicialmente

  • 14/fev 11:40
    Por Caroline Aragaki, Francisco Carlos de Assis e Eduardo Laguna / Estadão

    O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta sexta-feira, 14, que mais do que o volume de gastos, o impulso fiscal no Brasil foi maior do que o esperado inicialmente. “Atribuo isso ao fato de que teve política tributária e fiscal mais progressiva.”

    Ele exemplificou que a tributação foi concentrada em camadas da sociedade com tendência de consumo menor, enquanto houve programas sociais focados em camadas com consumo mais elevado – e que isso pode explicar a resiliência maior da economia.

    Outro ponto foi que os precatórios também estimularam a economia do ponto de vista da demanda.

    Segundo Galípolo, a soma de estímulos fiscais, elevação do crédito, impacto da seca e o ciclo do boi levaram a uma inflação mais alta, que ficou acima da meta, e consequentemente impactaram a taxa de juros. “Praticamente gabaritamos para iniciar ciclo de alta de juros”, afirmou.

    O presidente do BC destaca que a autarquia moveu a taxa de juros para um patamar restritivo historicamente.

    As declarações foram feitas durante reunião de Galípolo com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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