• Galípolo diz que existe dissonância entre inflação corrente e expectativas sobre alta de preços

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 06/jun 15:05
    Por Amanda Pupo e Cícero Cotrim / Estadão

    O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, considera que, no momento, existe uma dissonância que “está se ampliando” entre a inflação corrente e as expectativas sobre a alta dos preços.

    As afirmações foram feitas em participação na etapa final da Olimpíada Brasileira de Economia deste ano.

    Ao comentar o momento de maior desvalorização do real e o cenário do mercado brasileiro, Galípolo também disse que queria fazer um “mea culpa” sobre declarações dadas no processo inicial da desancoragem das expectativas de inflação. Na época, ele disse que a instituição poderia tentar conter este processo com a ajuda da inflação corrente.

    “Quando me perguntavam da desancoragem que já existia – parcial, ainda nos 50 basis points -, sempre dizia que não era fácil acessá-la, e que o canal mais à mão que o BC teria para tentar reduzi-la seria o fato de que nessa época do ano a inflação corrente poderia estar vindo melhor”, disse Galípolo.

    “Isso machucou muita gente no caminho, e isso machuca e reduz muito apetite ao risco”, afirmou o diretor, destacando que, no momento em que fez aquelas declarações, havia expectativa de um cronograma de cortes de juros pelo banco central dos Estados Unidos e um cenário mais benigno no Brasil.

    Galípolo disse também que o BC está “muito contente” com o câmbio flutuante e que a atuação do banco no mercado sempre se dará de forma técnica, a partir de evidências de que existiriam disfuncionalidades por “n” métricas, “seja por questão de período específico ou de disfuncionalidade de comparação com seus pares”, concluiu.

    Últimas