• Gabriel Silva, cantor e compositor petropolitano, relembra sua participação no The Voice Brasil e sua ligação com Petrópolis

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  • 05/11/2023 08:29
    Por Maria Julia Souza

    Primeiro participante a subir no palco da terceira edição do The Voice Brasil, da TV Globo, o cantor e compositor petropolitano, Gabriel Silva, possui uma ligação com o mundo da música desde a infância, quando começou a criar suas primeiras composições. Durante alguns anos, ele também foi vocalista de bandas da cidade, como Tokaia, Urublues e Enigma.

    Foto: Arquivo Pessoal

    Gabriel conta que iniciou de fato a carreira, durante a década de 1980, na adolescência.

    “Eu era garoto ainda, tinha por volta de 16 ou 17 anos. No início, o Rock Brasil já estava explodindo, inclusive, o rock em Petrópolis, que já tinha alguns ícones e atraía os jovens da cidade para poder assistir. Músicos muito competentes por sinal. E acabou que eu comecei com os meus amigos de colégio a formar uma banda, que foi bem conceituada logo de cara, chamada Enigma. E aí deu início a um trabalho com música”, contou.

    Início da carreira como cantor

    Gabriel conta que, inicialmente, a banda passou a ter muitas referências de rock, mas que ele e os outros integrantes acharam que estavam ficando muito limitados, até que um amigo, que era gaitista de Blues, apresentou o estilo musical para eles.

    “Ele começou a mostrar coisas de Blues pra gente e calhou que existia uma banda internacional inglesa, que tinha o nome de Enigma, e nós fomos obrigados a mudar o nome, mudando para Urublues, e aumentamos a quantidade de integrantes. Como todo mundo era jovem e mais dedicado ao estudo, não precisava disso financeiramente, então era uma diversão séria, na verdade, que todo mundo queria fazer muito bem feito. Então juntamos o trompete, trombone, sax, gaita e fizemos uma banda de Rhythm and Blues, junto com a guitarra, bateria, baixo e voz”, contou.

    A banda passou a tocar em lugares importantes no Rio de Janeiro, como Circo Voador, Torre de Babel, em Ipanema, além de pontos famosos em Petrópolis, como o Clube Petropolitano.

    “Na verdade, eu não escolhi a música, é ela que te escolhe, assim como o instrumento, não é você que escolhe, é ele que te escolhe. A relação é praticamente simiótica, essa relação entre o instrumento, música e você. Quando você percebe, já está completamente envolvido”, explica.

    Participação no The Voice

    Ele conta que sua participação no The Voice Brasil aconteceu, na verdade, por ‘acidente’.

    “Eu tinha saído do trabalho de música, era vocalista da Banda Tokaia durante muitos anos, e senti uma necessidade extrema de seguir outro caminho, de fazer outras coisas, de ter um novo cenário para a minha vida, então eu acabei mudando de área completamente. Fui fazer um curso Politécnico de Petróleo e Gás. Como falo inglês fluentemente, acabou surgindo uma oportunidade para eu trabalhar em três multinacionais aqui no Brasil”, conta ele.

    Gabriel explica que depois de alguns problemas econômicos que afetaram o Brasil, entre 2013 e 2014, com a queda do Petróleo, muitas pessoas acabaram sendo demitidas, e ele foi uma dessas pessoas.

    “Não sabia muito bem o que fazer, até que o meu amigo de sempre, o Zinho, esteve comigo e ele me perguntou: ‘Por que você não participa do The Voice?!’, eu até meio que ri, né, porque eu sei que o Brasil é um talento, são pessoas extremamente talentosas, e eu não me senti capaz de furar esse bloqueio para entrar no programa”, relembrou.

    Ele fez sua estreia no programa com a música Hoochie Coochie Man, do músico de Blues norte-americano, Muddy Waters. Na ocasião, todos os jurados viraram as cadeiras para ele. Gabriel escolheu compor o time do cantor Lulu Santos.

    Foto: Reprodução/Rede Globo

    “Eu escolhi um Blues de 1950, porque nas edições anteriores que eu vi, as pessoas não cantavam Blues, não cantavam músicas que eram muito diferentes do padrão que se ouve, e aí eu tive a ideia de sair desse padrão”, explicou.

    Ligação com Petrópolis

    Gabriel conta que tem uma ligação muito forte com Petrópolis, onde vive com a família até hoje, e que se sente parte da história da cidade, principalmente quando se trata da parte musical, que tem crescido com o passar dos anos.

    “Minha relação com Petrópolis é bem profunda, porque é a cidade que eu nasci, onde tenho os meus amigos até hoje e a cidade onde eu estudei e conheci minha esposa, que estudou comigo desde criança, e que hoje nós temos uma vida juntos. Isso torna uma relação muito profunda”, relembrou.

    Planos para o futuro

    Atualmente, Gabriel possui uma produtora com a esposa, Luciana Gomes, a Luk Produções, que trabalha com música, com foco em Blues, Soul Music e Hythm and Blues, além de produções em outras áreas artísticas, como exposições. Com a produtora, a equipe participou de eventos importantes, como o Jazz e Blues Festival, em Rio das Ostras, projetos internacionais, Circuito do Sesc, além de trabalhos em outras cidades, como São Paulo.

    Gabriel Silva e a esposa, Luciana Gomes.
    Foto: Arquivo Pessoal

    “Eu faço todas as composições no trabalho, baseado nas histórias que a gente tem vivido, inclusive toda essa aventura que a gente tem feito ao longo dos nossos anos, refletida dentro desse trabalho. É como se fosse uma fotografia, mas feita em composições”, finalizou.  

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