• Gaape promove abaixo-assinado pedindo a volta dos repasses da FIA

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  • 18/01/2019 09:35

    Funcionários e pais de assistidos pelo Grupo Amigos dos Autistas de Petrópolis (Gaape) fizeram na manhã dessa quarta-feira (16) uma mobilização na Praça Dom Pedro, no Centro Histórico. Eles estão promovendo um abaixo-assinado que será entregue ao governador do Estado, Wilson Witzel, pedindo que os recursos continuem sendo repassados à entidade por meio da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). Na semana passada, um decreto do Estado determinou a intervenção na fundação.

    O Gaape recebe da FIA recursos que são usados para o pagamento de sete funcionários ligados à área de saúde, entre eles, psicologia e fisioterapia. Com o decreto, o grupo não receberá mais valores da fundação, o que inviabilizaria o pagamento dos salários desses profissionais. O abaixo-assinado e cartas escritas por pais e mães dos pacientes devem ser entregues até o final dessa semana.

    A intervenção, segundo o texto, incluiu a instauração de uma auditoria que vai reavaliar atos, convênios e contratações da FIA de todo o ano de 2018. A intervenção na Fundação para a Infância e Adolescência deverá durar 180 dias. Entre os programas atendidos pela entidade estão o de crianças desaparecidas e o de proteção a vítimas de violência; além de convênios com ongs.

    Esta semana, os atendimentos no Gaape estão suspensos. A previsão era reiniciar os serviços em fevereiro, mas em reunião realizada nessa quarta-feira, os responsáveis pela entidade decidiram retornar com os atendimentos na próxima segunda (21). Além dos recursos da FIA, o Gaape também mantém convênio com a prefeitura, que além de repassar as verbas que garantem o pagamento de outros profissionais que não são da área da saúde, também é responsável pelo custeio do aluguel. 

    A entidade foi fundada em 2001 e atende a 110 pessoas por mês, com idades entre dois e 48 anos, oferecendo atendimento multidisciplinar (neurologia, atividade de vida diária, shiatsu terapia, reforço escolar, psicologia, inclusão digital, fisioterapia e fonoaudiologia) usando abordagem comportamental. Há cinco anos, o Gaape foi transferido para um imóvel na Rua Santos Dumont, no Centro.

    Em nota, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH) informou que os convênios em exercício foram suspensos pela FIA em janeiro de 2017 por conta do estado de calamidade financeira, e pela falta de recursos. Os convênios foram retomados em outubro do ano passado, mas o pagamento foi estornado pelo banco porque a conta bancária do Gaape havia sido encerrada por falta movimentação. O Gaape já regularizou a situação, mas o sistema financeiro fechou no final da gestão anterior. O pagamento será feito assim que o exercício financeiro do estado for aberto.

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