• Funcionários do Detran seguem em greve

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  • 14/02/2017 09:10

    A greve dos funcionários do Detran, em Petrópolis, já dura cinco dias, e afeta não só o posto de vistorias como também o atendimento de habilitação, que fica no Terminal Rodoviário Imperatriz Leopoldina. A paralisação foi decretada na última quarta-feira (8) em assembleia realizada entre os funcionários de uma empresa terceirizada, que presta serviço ao Estado. Eles reivindicam o pagamento do 13 salário do ano passado, além de benefícios como cartão alimentação e vale-transporte. 

    Quem vai ao posto de vistoria no Alto da Serra dá de cara com as portas fechadas. No portão, há um aviso informando sobre a paralisação por tempo indeterminado. Quem tenta recorrer a outros municípios também enfrenta dificuldades. Muita gente foi para Paty do Alferes, por exemplo, e acabou não tendo sucesso. “Fui em Paraíba e não consegui. Aí me falaram que Paty estava funcionando. Cheguei lá, dei de cara com tudo fechado. Ninguém trabalhando. Aí fica difícil né”, questionou Valcir Loureiro, de 45 anos, que mora em Pedro do Rio. 

    Segundo os funcionários, as difíceis negociações com as empresas acabam atrapalhando o funcionamento do posto. “Não precisaria de greve se tivéssemos tido um diálogo. Sempre tentamos conversar na boa, pedindo nossos benefícios. Mas não tem como. Eles já prometeram e não pagaram. E infelizmente no Brasil é assim: se não parar, ninguém te ouve”, explicou um dos empregados da empresa terceirizada.

    No posto de habilitação do Terminal Rodoviário do Centro, apenas quatro funcionários e um supervisor faziam o atendimento, que foi reduzido por causa da greve. “Estamos em greve. Infelizmente” disse um deles. 

    Na fila para  tirar a primeira habilitação, Marianne de Paula disse que apoia a greve, e responsabiliza o Estado pela situação. “O Rio está todo cheio de problemas. É greve da Polícia, de professor, de Detran, cada hora é uma novidade. Daqui a pouco vamos ter que mudar pra outro lugar, porque o Rio de Janeiro está insuportável. Conseguiram acabar com nosso Estado”, disse, desabafando. Marianne aguardava numa fila com oito pessoas para um dos procedimentos necessários na retirada da Carteira Nacional de Habilitação.  Segundo os funcionários, não há previsão para a retomada dos serviços.

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