• Funcionários de terceirizada da Educação voltam a denunciar problemas

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  • Denunciantes dizem que pelo menos 67 funcionários foram demitidos nesta semana e salários foram pagos com atraso

    16/06/2022 17:03
    Por João Vitor Brum

    Já vai para o segundo ano de contratos emergenciais para prestação de serviços na Educação, e os problemas dos funcionários continuam acontecendo. Nesta quarta-feira (15), 1,1 mil funcionários da Capital Ambiental, atual terceirizada responsável pelas contratações, receberam seus respectivos salários com quase dez dias de atraso, no mesmo dia em que 67 profissionais foram demitidos. Até hoje, os contratos firmados com a atual empresa e a anterior, a De Sá, não foram publicados no Portal da Transparência da Prefeitura.

    Os contratos são referentes à contratação de vigias, inspetores, merendeiras, faxineiras e outros profissionais que atuam nas unidades da rede municipal. O contrato com a De Sá custou R$ 46 milhões aos cofres do município, pelo tempo de seis meses. 

    Com o fim do contrato, a Prefeitura optou por não fazer prorrogação e contratou, também de forma emergencial, a Capital Ambiental, já a partir de maio. Porém, os problemas continuaram. Parte dos profissionais denunciam que não foram firmados contratos trabalhistas oficialmente com a nova empresa, enquanto outros reclamam que não receberam o total de suas rescisões com a empresa anterior.

    Além disso, desde o quinto dia útil de junho, os profissionais têm denunciado o atraso em seus pagamentos referentes ao mês de maio e, nesta quarta-feira, 67 profissionais que estavam em período de experiência foram desligados da empresa.

    “A supervisora me disse que escolheu 67 pessoas que estavam no contrato de experiência e simplesmente nos demitiram, dizendo que não renovariam o contrato. Sem um motivo, sem uma explicação. Creio que seja porque eles não têm dinheiro para pagar, porém não tem como eles escolherem uns e demitirem outros. Isso é revoltante! Prometeram que ia ser o mesmo de antes com essa nova empresa, e não está sendo”, denunciou uma profissional, demitida nesta quarta, que atuava como merendeira. 

    Um outro profissional, também demitido nesta semana, reclama que as promessas feitas pela empresa e pelo poder público não foram cumpridas.

    “Quando os contratos com a De Sá foram encerrados, a Secretaria, vereadores e a empresa prometeram que todos os nosso direitos seriam garantidos e que manteríamos nossos empregos, mas não foi o que aconteceu. Não podemos viver de promessas, precisamos de ações, e infelizmente não foi o que vimos. Agora, não sei o que vou fazer”, disse o ex-funcionário, que atuava como vigia em uma unidade.

    A Tribuna não conseguiu contato com a Capital Ambiental. Questionada, a Secretaria de Educação informou que efetuou os repasses à empresa dentro do prazo. 

    A Secretaria disse que mantém contato com a empresa, e confirmou que os pagamentos foram feitos após o quinto dia útil, sendo feitos nesta quarta-feira (15). De acordo com a Prefeitura, inconsistências e divergências nas contas bancárias foram os motivos pelo atraso, segundo informou a empresa. 

    Sobre as demissões, a Secretaria disse que foi informada que elas ocorreram em menor número do que foi denunciado na reportagem e que os funcionários demitidos estavam em contrato de experiência. Após este período de experiência, as demissões ocorreram, segundo a Prefeitura, por diversos motivos como faltas e atrasos não justificados, por exemplo.

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