
Fumaça Branca na chaminé da Capela Sistina indica que novo Papa foi escolhido
Na tarde desta quinta-feira (08), a fumaça branca na chaminé da Capela Sistina indica que o novo Papa já foi escolhido. O nome do pontífice deve ser anunciado nas próximas horas. Para ser eleito, o novo líder da Igreja Católica precisava de 2/3 dos votos (89) dos 133 cardeais reunidos no conclave.
A escolha do sucessor de Francisco começou nessa quarta-feira (07), com a missa Pro eligendo Pontifice, que reuniu os cardeais e cerca de cinco mil fieis dentro da Basílica de São Pedro.
A cerimônia foi marcada pela homilia do decano do Colégio Cardinalício Giovanni Battista Re, pregando a necessidade de uma igreja unida e defender que o futuro papa conserve a unidade da Igreja, preservando diferenças geográficas e pastorais. “Uma unidade que não significa uniformidade, mas comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se permaneça plenamente fiel ao Evangelho”, disse.
Ou seja, a preocupação era a defesa da preservação da unidade do “povo de Deus” por meio da Igreja.
Na celebração, Re abraçou o secretário de Estado do Vaticano, o italiano Pietro Parolin, apontado por muitos como um dos papáveis. Ele foi citado como um dos que chamaram a atenção de brasileiros durante as congregações gerais, reuniões que precederam o conclave, segundo d. Raymundo Damasceno.
O gesto foi visto como simbólico para o início do conclave. Parolin foi o responsável por abrir o rito da votação e o juramento de respeito às regras e de silêncio absoluto sobre tudo o que passar dentro da capela.
Outro ponto de destaque foi a ausência de menções ao papa Francisco na homilia de Re. No funeral do pontífice argentino, o decano afirmou que ele foi “um papa do povo, de coração aberto a todos”. Também disse que trabalhou pela paz e defendeu no seu papado que a Igreja deveria acolher os fiéis sem julgá-los. “Ele foi movido pela convicção de que a Igreja é um lar para todos, um lar com suas portas sempre abertas… uma Igreja capaz de se curvar diante de cada pessoa, independentemente de suas crenças ou condições, e curar suas feridas.”
A decisão reflete o desejo de não acirrar divisões entre os cardeais surgidas durante o pontificado de Francisco. Re optou por um discurso com tom mais institucional e rezou “para que Deus conceda à Igreja o papa que melhor saiba despertar as consciências de todos e as energias morais e espirituais na sociedade atual”. Também apontou que a escolha ocorre em um momento “complexo e difícil da história”.
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