Frio na barriga e coração acelerado: os efeitos que a paixão provoca no cérebro
Só de pensar na pessoa, a pressão arterial aumenta, o coração dispara, a capacidade de raciocinar diminui e dá um “frio na barriga”, também conhecido como “borboletas no estômago”, esse conjunto de sensações chama-se paixão. Ao contrário do que muitos pensam, quem é o responsável por todas essas emoções prazerosas não é o coração e sim, o cérebro.
Quando nos apaixonamos o cérebro passa por diversas alterações químicas, em algumas regiões com maior atividade, principalmente as de recompensa, quando acontece aumento na liberação de dopamina, dispara uma sensação de prazer, felicidade, motivação e euforia, as mesmas ativadas em condições de vício – uso de drogas.
Segundo o neurocientista Nicolas Cesar, com a dopamina elevada, o desejo pelo sexo intensifica e os níveis de ansiedade e depressão são reduzidos drasticamente. Assim como a oxitocina, liberada durante o orgasmo, diminui os níveis de cortisol (hormônio do estresse), promovendo bem estar e confiança, favorecendo ao casal, uma relação estável.
“Substâncias como a norepinefrina (norepinefrina) precursor da adrenalina e o cortisol, também estão ligadas à participação em esportes radicais. Estar apaixonado é como andar de montanha-russa neste sentido, experimentar duas situações, de perigo e prazer ao mesmo tempo. Em especial, a norepinefrina ainda promove sensações positivas, como o aumento do prazer e da libido. Mas, é toda essa ativação daquilo que chamamos de Sistema Nervoso Simpático do corpo que promove essa sensação de frio na barriga, arrepio, coração acelerado, e ligeira falta de ar”, diz Nicolas Cesar.
Como todos sabem, a paixão tem muitas armadilhas, então é importante que os casais fiquem atentos no início. Quando os níveis de dopamina aumentam e os de serotonina são reduzidos, apesar da melhora na qualidade do orgasmo (principalmente nas mulheres), nosso humor tende a ficar mais instável, a obsessão e a compulsão podem ser induzidas no comportamento, surgindo a necessidade de estar sempre na presença da pessoa, ou até mesmo gerando decepção, por criar expectativas em excesso e não ser correspondido da forma que deseja.