Frequência cardíaca de treinamento tem muitas variáveis
Não são poucos os corredores excessivamente ligados em Frequência Cardíaca durante o treinamento. Claro, em princípio revela mesmo a intensidade do esforço, mas não se pode ficar preso a esses valores como se fosse um conta-giros de precisão porque a Frequência Cardíaca é influenciada por diversos fatores como tempo, temperatura, umidade relativa do ar, condições de nutrição do dia anterior e principalmente estresse emocional. Ajustar a mesma Frequência Cardíaca daquele treino forte muito bom que fez na semana passada pode não estar produzindo o mesmo estresse físico pretendido porque as variáveis de hoje podem ser outras. Quantas vezes já passamos por essa situação? Digamos que você faz o mesmo percurso de 5 km com um “pace” exato de 11km/h em dias diferentes focando no “pace”. A Frequência Cardíaca média poderá não ser a mesma da semana passada. Ou seja, como sempre cito aqui. Qual o objetivo do treino? Produzir estresse físico calcado no “pace” ou na Frequência Cardíaca? Não quero dizer com isso que não sirva para nada. A de repouso, (aquela ao despertar) e a de recuperação após um treino forte são os melhores valores que identificam como está o seu sistema cardiovascular hoje. A de repouso quando está mais alta que o habitual algo não está bem. Basta um aborrecimento no dia anterior ou não dormir direito para ficar alterada. A de recuperação (resposta cronotrópica) quando leva mais tempo para regredir algo não está bem. Se basear só na Frequência Cardíaca de treinamento pode estar treinando aquém ou além do desejado. Em verdade a avaliação mais confiável é a Subjetiva do Esforço, Escala de Borg ou o teste da conversa. A gente sempre sabe se o “pace” está fraco, moderado ou forte. A melhor escola é a rua. Você pode confiar na sua Frequência Cardíaca Máxima pelo Esforço Subjetivo. Só não deve usar a desatualizada equação 220 – idade. Prof. Moraes
Literatura Sugerida:
PINHEIRO, Fabiano Aparecido; VIANA, Bruno; PIRES, Flávio Oliveira. Percepção subjetiva de esforço como marcadora da duração tolerável de exercício. Motri., Vila Real , v. 10, n. 2, p. 100-106, jun. 2014.