Frente fria pode trazer chuva forte
A frente fria que chegou a Petrópolis na manhã de ontem vai continuar neste final de semana e pode provocar chuvas fortes. De acordo com os sites de meteorologia, a temperatura mínima pode chegar a 13°C. O motivo das chuvas e da queda nos termômetros é devido ao fenômeno Pré Frontal, que tem núcleos no litoral do Rio de Janeiro. Segundo a Defesa Civil, há previsão de pancadas de chuvas de moderada à forte para todo o estado.
O Secretário de Defesa Civil, tenente-coronel Rafael Simão, disse que gerar previsão para a Região Serrana é muito difícil e que o fenômeno Pré Frontal está passando pelo oceano. “Os núcleos estão vindo do litoral do Rio de janeiro e eles vão gerar instabilidade no tempo, mas não sabemos como vão chegar aqui. O Pré Frontal gera vento e chuvas rápidas e mais fortes”, diz.
Segundo Simão, mesmo com os equipamentos já implantados aqui na cidade não há como prever as chuvas e nem os riscos de desastres com antecedência de dias. Dessa forma também não há como saber em quais locais da cidade a chuva será mais forte. Ainda assim, a Defesa Civil busca com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) equipamentos que possam auxiliar na previsão do tempo. “Não temos essa previsão de alerta para um bairro específico e gerar previsão para a Região Serrana é muito difícil. Já fiz o pedido para o Cemaden me dar uma precisão maior antecipadamente. Nossa expectativa é saber quando, como e onde vai chover”, diz.
Simão alertou mais uma vez a população que mora próxima a encostas ou que teve a moradia interditada. “Para os moradores que residem em casas de risco ou que tiveram casas interditadas, é importante que passem a noite na casa de parentes e amigos e voltem após as tempestades. Outra indicação é nunca dormir nos quartos próximos a barrancos e ficar o mais longe da encosta possível. No caso de emergência é só ligar para a Defesa Civil por meio do 199”.
Balanço das chuvas
Com as fortes chuvas de janeiro, Petrópolis ainda está sob situação de emergência e desde o dia 15, quando começaram os temporais, a Secretaria de Proteção e Defesa Civil registrou 1.125 ocorrências pelo 199. Os pequenos e grandes deslizamentos em vias públicas lideraram as chamadas e ao todo foram 956 chamadas, sendo que muitos casos não foram registrados na Defesa e foram levados para a Secretaria de Obras. Os dados da Defesa também indicam que 256 casas foram interditadas. As demais ocorrências envolveram inundações, alagamentos e pedidos de vistoria preventiva. Apesar dos estragos materiais, ninguém ficou ferido.
O coronel Simão explicou que a situação de emergência é diferente do estado de calamidade pública e ela dura o tempo de três meses, um padrão da Secretaria Nacional que pode ser renovado à medida que a cidade volte ao funcionamento normal e que as pessoas atingidas possam fazer o requerimento de FGTS. “Petrópolis decretou situação de emergência no dia 19, pois a Prefeitura não conseguia mais sozinha dar conta dos casos. Quando é assim, o município pleiteia uma ajuda ao estado e União que auxiliam com maquinário e o que for necessário”, diz.
A Secretaria de Obras estima que cerca de 500 barreiras tenham sido retiradas das vias públicas dos distritos de Itaipava, Pedro do Rio e Posse em consequência das chuvas da segunda quinzena de janeiro. Durante duas semanas, a Secretaria de Obras e a Comdep atuaram na desobstrução das vias. Agora o trabalho da Prefeitura está no chamado “rescaldo” das chuvas, com a retirada de material das laterais das pistas.
A Secretaria de Obras informa também que as chuvas chegaram a provocar, em um dia, buracos em cerca de 50 vias, em decorrência do rompimento das galerias de águas pluviais. A Secretaria já atuou e segue atuando nesses pontos, trabalhando na manutenção viária também em outros locais – em decorrência do desgaste natural cotidiano das vias.