Frei Beckhäuser, In Memoriam
A notícia do falecimento do querido Frei Alberto Beckhäuser ocorrida na quarta-feira, às 22h, no Instituto Teológico Franciscano, onde residia, causou tristeza não obstante a certeza da vida eterna e cientes de que o amado mestre, amigo e Sacerdote foi de braços abertos ao encontro da Irmã Morte e no momento já se encontra nos braços do Altíssimo conduzido pelas mão e o amor de Maria Santíssima. Juntou-se à Clara, Francisco, Antônio e demais do Cânon Celestial. Resta-nos as orações porque ganhamos mais um intercessor a rogar por nós que estamos a cumprir nossa missão terrena. O Sacerdote cuida da Igreja que é o Corpo de Cristo. “Tu és Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque a serviço do Altíssimo”.
Dentre eles esteve o Frei Alberto Beckhäuser. Sua biografia, bibliografia, o ministério e lides no magistério da Igreja são reconhecidos e vastas. Fui seu aluno no Instituto Teológico Franciscano fins dos anos 90 até 2008 na cadeira de Liturgia. Depois nos tornamos confrades da Academia Petropolitana de Letras. Acadêmico do Ano e Prêmio pelo Conjunto de Obras. Nasceu em Forquilhinha, SC. aos 20-05-1935, ordenado sacerdote em Petrópolis, em 15/12/1962. Doutorou-se em Liturgia em Roma. Desde 1967 acompanha de perto a grande caminhada pós-conciliar da renovação litúrgica no Brasil. Foi Assessor de Liturgia da CNBB. Escreveu mais de 30 livros e centenas de artigos. Leciona em várias Escolas Teológicas. “O inteligente menino nascido na pequena freguesia de Sanga do Coqueiro Baixo, conhecida como Santa Teresinha, Padroeira da Capela, pertencente a Criciúma, hoje, Forquilhinha, Santa Catarina.
Era o quinto de 12 filhos. nascidos do casal Ernesto Beckhäuser e Helena Hoepers, ambos descendentes de imigrantes alemães. Alberto passou os primeiros anos de vida com a família, nas lidas da roça. Por ocasião das missões populares, pregadas por Frei João Bosco Erdrich Alberto participava da Missa. No último dia, frei João disse a ele: “Alberto, depois da doutrina tu vens à sacristia”. Alberto ao final foi até o padre e ele lhe perguntou: “Queres ir comigo para ser missionário franciscano? Alberto respondeu. “Sim, padre!” “Então tu vais pedir licença a teus pais e amanhã tu vens me dar a resposta”.
Como pedir licença aos pais? Chegou a noite. Alberto fez o pedido. O pai respondeu: “Está bem, se até o fim do ano tu te comportares melhor, podes ir”. Alberto correu a dar a resposta afirmativa ao Frei Missionário. Foi certamente o maior sim de sua vida. No fim de janeiro de 1948 Alberto, com outros colegas rumaram para Rodeio, Santa Catarina, iniciando os tempos de estudos para tornar-se “missionário franciscano”. Em 1957 fez o noviciado da Ordem Franciscana, em Rodeio, SC, quando recebeu o nome de Frei Honório, voltando, porém, ao nome de Batismo em 1963. Fez o Curso de Filosofia nos anos de 1958-59 no Convento Bom Jesus, em Curitiba, PR.”
Desde o Seminário Menor Frei Alberto sempre mostrou gosto pela música. Foi regente do coral dos colegas no Seminário nos períodos de Noviciado e de Filosofia, em Curitiba. Regeu os Meninos Cantores de Petrópolis, os Canarinhos. A Música Sacra, a Liturgia e o Doutoramento vieram ao encontro aos ditames do Concílio Vaticano II, pois, nos Institutos Teológicos é necessário professores especializados em grau máximo nessas cátedras. Petrópolis o ama e o agradece Frei Alberto Beckhäuser pelo bem, bênção e luz que espargiu e com certeza continuará a emanar sobre nós!