• França: pesquisas mostram que maioria da população aprova renúncia de Macron

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  • 05/dez 16:39
    Por Thais Porsch* / Estadão

    A maioria da população francesa aprova uma renúncia do presidente Emmanuel Macron, mostram pesquisas realizadas à luz da turbulência política na França que derrubou o primeiro-ministro, Michel Barnier.

    A maioria dos franceses quer que Macron renuncie e antecipe a eleição presidencial para o próximo ano, de acordo com uma pesquisa da Cluster17 para a revista Le Point. De acordo com a consulta, realizada entre a proposta de uma moção de censura na segunda-feira, 2, e a queda do governo nesta quarta, 4, 54% dos franceses eram favoráveis à saída de Macron da Presidência.

    Na mesma linha, uma nova pesquisa realizada pela Oxoda Backbone para o jornal Le Figaro mostrou, nesta quinta-feira, que seis em cada dez franceses são a favor da renúncia de Macron, um aumento de 5% em relação a setembro deste ano.

    O presidente disse no início desta semana que não renunciará antes que seu segundo mandato de cinco anos termine em 2027.

    Discurso

    O presidente da França fará um discurso à nação nesta quinta-feira, 5, um dia após o Parlamento derrubar o primeiro-ministro, Michel Barnier, com o voto de desconfiança. A declaração acontecerá às 16h (de Brasília) e deve abordar os desafios econômicos franceses, além de buscar estabilizar a crise política do país.

    Presidente da Assembleia Nacional e membro do partido de Macron, Yaël Braun-Pivet pediu para que o presidente francês escolhesse rapidamente um substituto para o cargo de primeiro-ministro. No entanto, Macron deve ter dificuldades para escolher um novo nome que seja capaz de liderar um governo minoritário no Parlamento onde nenhum partido detém a maioria.

    Ainda ontem, partidos da oposição pediram explicitamente para que Macron também renunciasse. Político de extrema-esquerda, Manuel Bompard disse que a estabilidade requer a saída do atual presidente. Marine Le Pen, de extrema-direita, não pediu a renúncia, mas alertou que “a pressão sobre o presidente ficará cada vez mais forte”. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

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