• França avalia que estratégia de Haddad pode ter ajudado na virada de Tarcísio

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  • 03/10/2022 19:34
    Por Giordanna Neves e Eduardo Gayer / Estadão

    O ex-governador Márcio França (PSB) avalia que a estratégia de Fernando Haddad (PT) de concentrar críticas no governador Rodrigo Garcia (PSDB) pode ter ajudado na virada de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo governo de São Paulo. Segundo ele, esse movimento promoveu uma “antecipação do voto útil à direita”.

    “Não sei se o excesso da pancada no Garcia não provocou uma antecipação do processo de reação antipetista”, disse França. “O normal seria que a maioria das pessoas que votassem em Rodrigo iria para Tarcísio. É normal isso. É um cara que já tem certo antipetismo. Mas se o Haddad vai na frente para o turno, o porcentual que precisa é menor”, emendou.

    Segundo França, o fato de Garcia ter concentrado críticas a Haddad também contribuiu para este cenário. “Acabou que Rodrigo perdeu um tempo de falar dele”, afirmou.

    Diferentemente do que mostravam as pesquisas, o resultado das eleições no Estado mostrou Tarcísio na frente, com 42,32% dos votos, seguido por Haddad, com 35,70%. Garcia acabou com 18,40%. O cenário gerou um “estado de choque” na campanha do PT.

    O discurso de França foi feito após a reunião do conselho político do PT. Segundo o ex-governador, no encontro foi abordada a necessidade de ampliar diálogo com outros nomes, como Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). Ele citou ainda a ideia de abrir conversas com José Luiz Datena para alavancar a candidatura de Haddad. “É um cara que está solto, influente”, avaliou.

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