• Fora do Mundial, Magic Paula pede reflexão ao basquete feminino do Brasil

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  • 14/02/2022 15:00
    Por Estadão

    Pela segunda vez seguida, o Brasil não vai disputar o Mundial Feminino de Basquete. Depois de ficar de fora da edição de 2018, a seleção não conseguiu vaga também para a edição deste ano, que será disputada na Austrália. O time comandado pelo técnico José Neto perdeu as três partidas que fez no Pré-Mundial, disputado em Belgrado, na Sérvia – a última delas no último domingo para as donas da casa, atuais campeãs europeias, por 76 a 70.

    Antes, o Brasil não havia conseguido superar a Austrália (65 a 62) e a Coreia do Sul (76 a 74) e agora volta as suas atenções agora para o Sul-Americano e o início da preparação visando o Pré-Olímpico para os Jogos de Paris-2024, na França.

    “Temos que refletir e analisar. Quando se está dentro do sistema, é mais crítico do que otimista. Tivemos bons feedbacks. Conversas com a Fiba. Temos que construir esse processo. Ele é longo, árduo, difícil, mas temos que olhar o que já melhorou. Nosso projeto é pensando em Paris-2024. O jogo contra a Sérvia foi o início dessa preparação. Pudemos jogar sem pressão. Começamos a falar sobre futuro, os espaços que queremos dar. O que as meninas querem. Vamos pensar para frente. Classificar para o Mundial não foi possível, mas com todas as dificuldades, apresentamos um basquete diferente. Levantar a cabeça e nos preparar para o que vem pela frente”, disse a ex-jogador Magic Paula, atual vice-presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e diretora do feminino.

    Contra a Sérvia, o Brasil chegou a fechar um dos quartos na liderança do jogo, mas nos cinco minutos finais da partida, as sérvias tiveram mais tranquilidade para matar o jogo. Naany foi a cestinha do Brasil com 18 pontos e cinco rebotes. Kamilla teve 17 pontos e 13 rebotes e Tainá Paixão fez 14 pontos.

    INDICAÇÃO – A vaga para o Mundial não veio, mas uma das escolhas da Fiba para a seleção do Pré-Mundial deu esperanças no futuro. A jovem pivô Kamilla Cardoso, de 20 anos, foi eleita para o quinteto ideal da disputa, levando a melhor sobre nomes experientes e consagrados de australianas, sérvias e sul-coreanas.

    Kamilla terminou o torneio com médias de 11,3 pontos, 8,7 rebotes e 0,7 assistências, com eficiência de 16,3. A brasileira atua pela Universidade de South Carolina, na NCAA, e já vem se destacando nas últimas convocações com a seleção. No ano passado, conquistou a medalha de bronze da Copa América com o Brasil.

    Pivô de 2,01 metros de altura, Kamilla teve passagem em todas as seleções brasileiras de base, onde foi presença constante. Foi para os Estados Unidos há cinco anos, brilhou no High School (colegial) e na sua estreia no campeonato universitário esteve entre os cinco principais prospectos, sendo alvo de intensa disputa pelo seu basquete.

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