Fome dos vereadores cresce: lanchinho pode custar R$ 70 mil este ano
E agora que o ano realmente começa voltemos a um assunto que vem se perpetuando. O lanchinho fino dos vereadores – aquele que deduramos em 2021 – voltou? Desde aquela época os vereadores, furiosos com a gente, teriam passado a usar alguma outra forma de manter a despesa. E muitos desafiaram, em seus discursos em plenário, zombando, que continuavam com o lanchinho – sucos, água de coco, pãezinhos, patezinhos e bolinhos – ali na Sala Vip, atrás do salão Hermogênio Silva.
Apetite
Eis que, destemidos, a partir do meio do ano passado, passaram a comprar o lanche com dispensa de licitação. Gastaram R$ 17 mil entre agosto e dezembro em uma padaria da cidade. E a fome cresceu: para este ano e somente até agosto empenharam R$ 35 mil, também com dispensa de licitação. E nem adianta dizer que é o cafezinho que o servidor toma. Essa compra foi em licitação por registro de preço e em separado – aquisição de açúcar, adoçante e pó de café. E só.
R$ 27 por dia para cada um
Considerando R$ 4,3 mil por mês para 15 cabeças e sendo apenas três sessões por semana, sai a R$ 27 por dia de lanche. Isso até julho. Depois, neste embalo, ainda podem comprar mais R$ 35 mil em lanche de agosto a dezembro. E a gente pergunta a você, leitor: tá caro gente, considerando o custo-benefício?
Piratão
Não é invenção nossa, não, tá registrado em ata: o vereador Marcelo Lessa – que alega que vem sendo alvo de ataques cibernéticos – pediu à mesa diretora da Câmara para repaginar o contrato com a empresa de informática que presta serviços à Casa. Diz ele que precisa urgente comprar novas máquinas e que os programas como o Windows são piratas e nem antivírus tem. Sobre isso, o novo presidente, Junior Coruja, disse que vai comprar 50 computadores. E a gente que nem sabia que podia rodar programa pirata em repartição pública.
E a conta d’água?
Lembra que os vereadores protestaram e pediram a suspensão do reajuste de 9,35% na conta de água em vigor desde 1° de janeiro? Deu em que mesmo, hein? Ah, não deu em nada, não… A gente já sabia…
Ah, se os Partisans não avisam…
E a prefeitura, depois que a gente mencionou aqui a estranheza de ter faixas pintadas de vermelho para indicar as ilhas de segurança – locais onde a enchente não chega – mas sem qualquer indicação começou agora a pintar essa sinalização horizontal. Por nada!
Igual aqui
A experiência triste das cidades do litoral paulista atingidas pelas chuvas mostram que se vive aqui a mesma questão: em que momento as pessoas devem sair de casa? Porque em São Paulo quem saiu quando já estava chovendo muito acabou arrastado. É o mesmo problema aqui. Nós não temos a cultura – quem está em área de risco – de sair antes da chuva começar. Porque depois que vem a enxurrada já não há como. E mais: como sair de casa com criança, idoso, cadeirante, cachorro, gato, agregados, etc toda vez que se anuncia uma chuva, o que acontece to-dos os dias no verão?
Como seria?
É louvável a iniciativa de se pedir uma faixa para ciclistas na recém reconstruída Washington Luiz, mas os Partisans, fracos da ideia, têm uma dúvida atroz: as bikes só circulariam ali? Porque quem sai dali e cai na Imperador continua como andando de bicicleta sem faixa? O mesmo vale para quem sai da Washington Luiz para a Coronel Veiga…
Falando nisso…
E acabou sendo aprovada uma indicação, da Câmara dos Vereadores, para que a prefeitura crie o programa “Vou de bike” prevendo serviço de compartilhamento de bicicletas elétricas por meio de plataformas digitais. Só no Parque em Itaipava, já que no resto da cidade nem ciclovia tem.
Eu, hein!
A prefeitura correu pra dizer – depois que a gente mencionou apoio de R$ 240 mil aos blocos e outras atrações – que não estava promovendo Carnaval. Mas, porque todos os pagamentos – de estrutura e artistas – estão sendo feitos pelo Instituto Municipal de Cultura? Era mais bonito dizer que ia respeitar o luto pelo um ano da tragédia das chuvas, mas terceirizar a festa…
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