Fipe avalia que tendência é de alívio no IPC, por alimentos in natura, frango e ovos
O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), Guilherme Moreira, avalia que a tendência é de alívio no índice nas próximas leituras, uma vez que o grupo de Alimentação (0,79% na primeira quadrissemana de maio para 0,78% na segunda) deve arrefecer, influenciado pela queda dos alimentos in natura.
Além disso, Moreira considera que os preços do frango e dos ovos, no âmbito doméstico, podem moderar com a suspensão das exportações para alguns países, como a China, devido ao surto de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul.
Contudo, o grupo continua pressionado pelos alimentos industrializados, segundo o coordenador do IPC-Fipe, ainda como efeito da depreciação cambial do fim de 2024. “Com a apreciação recente do real, a expectativa é de que o câmbio pressione menos os industrializados mais para frente”, afirma.
Para a próxima leitura do índice, Moreira espera que o grupo Habitação (0,35% para 0,25%) volte a acelerar pela mudança da bandeira tarifária de energia elétrica, de verde em abril para amarela em maio.