Fiocruz esclarece sobre intervalo de doses da vacina contra covid-19
A Fundação Oswaldo Cruz esclareceu, nessa terça-feira (13), que o intervalo de 12 semanas entre as doses da vacina produzida pela fundação (Oxford/AstraZeneca), considera dados que demonstram uma proteção significativa já com a primeira dose e uma produção de resposta imunológica ainda mais “robusta”, quando aplicada em um intervalo maior. O regime de 12 semanas, segundo a Fiocruz, permite ainda acelerar a campanha de vacinação, garantindo a proteção de uma maior número de pessoas.
A fundação acrescentou, ainda, que o regime de doses adotado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), está respaldado por evidências científicas e qualquer mudança deve considerar os estudos de efetividade e a disponibilidade de doses. Até o momento, a vacina produzida pela Fiocruz tem se demonstrado efetiva na proteção contra as variantes em circulação no país já com a primeira dose. Adicionalmente, em relação à variante delta, uma pesquisa da agência de saúde do governo britânico, publicada em junho, aponta que a vacina da AstraZeneca registrou 71% de efetividade após a primeira dose e 92% após a segunda para hospitalizações e casos graves. Os dados são corroborados também por um estudo realizado no Canadá, que apontou efetividade contra hospitalização ou morte, para a variante Delta, após uma dose da vacina da AstraZeneca de 88%.
A fundação reforça, neste momento, as orientações do PNI e da Nota técnica conjunta da Sociedade Brasileira de Imunizações e da Sociedade Brasileira de Pediatria, publicada nessa terça-feira (13), quanto à manutenção do intervalo de 12 semanas da vacina Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e que permanecerá atuando na vigilância das variantes, bem como na produção de estudos de efetividade da vacina e de evidências científicas que possam continuar a subsidiar a estratégia de imunização no país.