• Fina recepção

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  • 04/03/2017 12:00

    A mim foi relatado que o convite à recepção já fora recebido com algum desconforto.

    Todavia, envolvidos na festividade, muitos amigos e apenas alguns conhecidos do casal convidado.

    A festa, preparada pelos anfitriões com objetivo de comemorar o aniversário de um parente próximo, recém-chegado do exterior.

    Entretanto, a esposa do amigo que me informara acerca do evento, praticamente “acuada” pelo marido para que o acompanhasse; a verdade é que ela não estava condicionada a segui-lo, sabe-se lá porquê.

    Contudo, sob pressão, acabou por ceder aos apelos do mesmo; muito acabrunhada, e o esposo sempre alegre e comunicativo, já a certa altura, rasgando a madrugada, depois de haver consumido um litro de whisky, diga-se de passagem, servido de maneira farta, a “soltar impropérios e piadas de mau gosto”.

    Os anfitriões, sempre com largas e “simpáticas” atitudes, sorriso nos lábios e a distribuir abraços, além de proferir delicadas palavras aos presentes, entretanto, já “altos” em razão da bebedeira que ocorrera, não só entre os convivas, mas com relação aos anfitriões, sem falar nos “penetras” que, de maneira sorrateira, conseguiram acessar aos salões do belo apartamento, situado à beira da praia de Copacabana, certamente depois de haverem, quem sabe, “molhado a mão do porteiro”. 

    A verdade, e não paira qualquer dúvida quanto ao ocorrido durante a festa e a mim relatado, que a mesma não terminou na paz, ao contrário, até porque o início de um charivari teve que ser debelado.

    O meu interlocutor, tentou, ainda, me confidenciar a propósito de outras situações bizarras, porém apressado que eu estava, até porque não muito interessado naquilo que ocorrera nos “finalmente”, parti em direção à casa e em lá chegando lembrei-me do poeta quando escreveu: “Recepção no solar dos Soutiens”, que transcrevo a parte final:

    “Não teve um bom desfecho, todavia, / essa festa pejada de alegria. Houve um inicio de charivari, / em que esteve envolvida até Lili, / já que Lulu de Abreu, daquele jeito, / pressionado por muitas cachaçotas, / entendeu de fazer graves chacotas / a um grupo de matronas de respeito, / provocando, afinal, um bate-fundo, / como se fosse um reles vagabundo, / o que levou a anfitriã, de pronto, / a tais medidas que …. depois eu conto!…” 

    Transcorrido algum tempo, o amigo falou-me acerca da leitura do texto escrito pelo poeta e asseverou: “foi exatamente o que ocorreu naquela noite festiva”.

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