Fim de ano
Está por terminar dois mil e dezesseis.
Parece a mim, pelo menos, que o ano teve início há pouco; entretanto, já decorreram quase doze meses e tenho a convicção que a grande maioria das pessoas também não se apercebeu que mais um ano está por terminar.
Devemos, em primeiro lugar, agradecer a Deus por tantas benesses recebidas, ainda que no transcurso do mesmo, diversos acontecimentos, de triste natureza, ocorreram em nosso país e no mundo, deixando-nos preocupados e, sobretudo, sem alento.
Não devemos, entretanto, diante de um novo ano que se aproxima, voltar ao passado uma vez que “o rio corre para o mar” e, além do mais, muitos dos episódios não devem ser lembrados, ao contrário, riscados de nossas vidas.
Dezembro, mês da maior grandeza e importância para os cristãos, eis que se trata da comemoração do nascimento do Cristo Jesus.
Encaremos, pois, a data de vinte e cinco de dezembro, com respeito e movidos pelo sentimento da fé e esperança.
A data nos conduz, principalmente, a meditar com relação aos atos e gestos praticados durante o ano que está por terminar, rogando-se ao Pai que abençoe as famílias do mundo inteiro e que não se esqueça do Brasil, nossa terra amada, que tanto necessita de luz, amparo e do Seu olhar bondoso e acalentador, tudo no sentido de que o próximo possa ser coberto de paz e harmonia entre os povos.
Vamos deixar de lado as guloseimas de fim de ano, os almoços regados ao exagero, os presentes caros para, em contraprestação, comemorarmos o nascimento do Cristo com simplicidade e amor ao próximo e, sobretudo, imbuídos da esperança que melhores dias surgirão para o povo brasileiro.
Recordemos, assim, o poeta quando escreveu:
“Sobre o teu lar só venturas, / descerão lá das Alturas, / num facho vivo de luz, /no dia em que toda gente, / festeja, alegre e contente, / mais um Natal de Jesus.”
E mais: “Neste Natal, no meu verso / quando se alegra o Universo, eu, com fé, suplico a Deus, /
para que desça a ventura, / de forma farta e segura, / sobre a cabeça dos teus.”
Encerremos, pois, dois mil e dezesseis, nos preparando para ingressar no Ano Novo, inspirados nos pensamentos do poeta, e mais, na trova cuja lição, se por todos nós for seguida, conduzirá às pessoas a vivenciar melhores dias e, por conseguinte, trilhar caminhos menos tortuosos.
“A qualquer um, com desvelo, / procures fazer o bem. / Se não puderes fazê-lo, / não faças mal a ninguém”.