Fim da polêmica das manilhas, dessa vez, a Prefeitura faz barreira volante nas entradas alternativas da cidade
No ano passado, a colocação das manilhas nas entradas alternativas da cidade foi motivo de polêmica, confusão e até vandalismo. Neste ano, para evitar novas polêmicas, a Prefeitura optou por fazer o monitoramento dessas entradas com equipes atuando em operações volantes. Até esta sexta-feira, nenhum motorista de fora do município havia sido flagrado passando por essas entradas. Mas nas entradas principais, mais de 220 motoristas que não tinham voucher ou reserva de hospedagem foram mandados de volta para casa.
Petrópolis possui pelo menos 10 entradas alternativas. No ano passado, foram instalados bloqueios nas ruas Nicarágua (Quitandinha) – próximo à Casa do Alemão; Luiz Winter (Duarte da Silveira); Rua Emídio Tavares (localidade conhecida como Rio da Cidade); e Galdino Pimentel (Capela) e um acesso paralelo em Bonsucesso; entrada da Mosela, Moinho Preto, Barra Mansa, Arranha-Céu, Catobira e Castelo Itaipava. O objetivo dos bloqueios era fazer com que os visitantes acessassem a cidade apenas pelas entradas principais.
Na ocasião, o deputado federal Daniel Silveira e o, agora, vereador Octávio Sampaio fizeram uma operação para remover as manilhas que foram instaladas na entrada do Carangola, com a justificativa de que a medida tomada pela Prefeitura era inconstitucional. Nas redes sociais, isso foi tema de calorosos debates, se adiantaria ou não, o fechamento das entradas.
Com medidas de restrições mais rígidas em municípios vizinhos, houve uma preocupação com o aumento de visitantes na cidade nestes próximos dias. O presidente interino da Câmara Municipal, vereador Fred Procópio, em entrevista à Tribuna nesta semana, externou sua preocupação com a entrada de vans e ônibus de excursão na cidade, aumentando o fluxo de visitantes, o que poderia gerar um colapso na rede de saúde. O decreto nº 50/2021 que está em vigor autoriza apenas a entrada de visitantes para o turismo de compras e que tenham comprovante de reserva em hotel ou pousada na cidade.
Para facilitar, a Associação da Rua Teresa disponibilizou um funcionário que fica nas barreiras sanitárias para tirar dúvidas de visitantes, que chegam com poucas informações sobre o ticket de entrada e sobre como fazer a aquisição. De acordo com a Associação, ao serem questionados eles entram em contato com a loja para que os estabelecimentos preencham o formulário e liberem o cliente.
Segundo a Prefeitura, a barreira volante atua em diversos pontos de entradas alternativas da cidade e realiza a abordagem necessária para evitar a entrada de veículos de fora da cidade que não possuam o voucher ou reserva de hotel. Nesta sexta-feira, as equipes atuaram em Araras, entrada da Fazenda Inglesa e Duarte da Silveira.