Filme sobre joguinho soviético ‘Tetris’ conta uma história emocionante
A história de origem do icônico jogo de computador Tetris é mais emocionante do que você imagina. Ela envolve uma passagem de fronteira, iludir as autoridades, acordos secretos, arriscar a vida e, finalmente, tentar obter os direitos do jogo por trás da Cortina de Ferro. E essa história agora se tornou um filme, com estreia prevista para 31 de março na Apple TV+.
Tetris foi um videogame muito popular na União Soviética, desenvolvido por Alexey Pajitnov, Dmitry Pavlovsky e Vadim Gerasimov, e lançado em junho de 1984. Pajitnov e Pavlovsky eram engenheiros de informática no Centro de Computadores da Academia Russa das Ciências. Foi um dos primeiros jogos russos a ser exportado e virou uma febre no mundo.
No filme, depois de jogar uma versão inicial do Tetris, o designer de jogos Henk Rogers, interpretado por Taron Egerton, viaja para a União Soviética em 1988 para se encontrar com o designer do Tetris, Alexey Pajitnov, interpretado por Nikita Efremov, na esperança de obter os direitos de distribuição mundial do jogo. Rogers foi movido por seu amor pelo videogame e pelo desejo de que o mundo o experimentasse, mas a transação não foi fácil.
Egerton comentou que não tem a tenacidade de Rogers, que chegou a arriscar a vida pelo jogo. “Acho que tenho um senso mais desenvolvido de minha própria fragilidade e vulnerabilidade do que ele, enquanto Rogers tem esse tipo de falta de determinação e senso de autopreservação”, disse o ator em recente entrevista.
E acrescentou: “gosto muito desse tipo de determinação, de indiferença. Isso faz dele um herói atraente. Mas sim, eu provavelmente não teria feito nada parecido com o que ele fez para obter os direitos de Tetris”.
O filme é dirigido por Jon S. Baird, que trocou a série de ação Kingsman 3 por Tetris em razão da pandemia, trazendo seu protagonista Egerton e o produtor Matthew Vaughn.
“Estávamos procurando algo para fazer. Recebemos o roteiro de Tetris e pensamos: ‘ok, ótimo, vamos mudar para isso’. E foi o que aconteceu”, explica.
Embora a pandemia de coronavírus tenha impedido Pajitnov e Rogers de participarem das filmagens, a dupla se envolveu intensamente na escrita do roteiro e no detalhamento da visualização da Rússia soviética, grande parte da qual foi recriada em Aberdeen e Glasgow, na Escócia.
Baird disse que não teve coragem de mostrar a Pajitnov e Rogers o filme finalizado, mas ficou muito satisfeito com o retorno deles. “Recebi uma mensagem de Maya, que é filha de Henk, que obviamente também está no filme, e ela disse: ‘Todo mundo adora. Todo mundo adora o filme'”, comentou o diretor.