• Filho, eis aí tua Mãe!

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  • 14/maio 08:00
    Por Fernando Costa

    A mãe do meu Senhor divinizou todas as mães e, por extensão, todas as mulheres a partir do seu “SIM”. Ela aceitou os planos de Deus. Em rápida resenha, ao nos reportarmos às Sagradas Escrituras, em Lucas, Maria cintila de forma incomparável. É a maior entre todas as mulheres. Em diversos momentos e circunstâncias que se seguem conheceremos outras notáveis que tiveram papeis de alta relevância na evangelização. Poderiam ser chamadas apóstolas.

    O Evangelho de João, por exemplo, ganha relevo e dita passagem está inscrita no capítulo  20,11-18 que descreve a morte de Jesus. Falo de Maria Madalena. Ela não arredou os pés do túmulo. Permaneceu ali chorando inconsolável porque a pedra do jazigo fora retirada e o mestre ali não mais se encontrava.  Somente avistou a veste mortuária dobrada e dois anjos que lhe perguntaram a causa de seu lamento e ela em prantos respondeu que era porque levaram “o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. Disse essas palavras e se virou e ali também estava um senhor que lhe fez idêntica pergunta. Madalena pensou que deveria ser o jardineiro do cemitério. “Senhor, se o levou diga onde o colocou que irei busca-lo.” Mas aquele até então estranho a chamou pelo nome “Maria” e ela recobrou sua visão e reconheceu que ele não era nem o coveiro, o jardineiro e nem uma pessoa qualquer, mas, sim o mestre.

    Foi o momento em que Madalena disse “Rabuni” que em hebraico significa mestre. Não se conteve e o abraçou, no entanto, Jesus disse a ela que não o tocasse porque Ele ainda não havia subido ao Pai. Jesus a recomendou que fizesse a comunicação aos demais confrades de que ele subiria ao pai que o Deus de todos nós. Ela de imediato foi ao encontro dos discípulos e lhes deu a boa nova: “Eu vi o Senhor”! A  mesma Madalena que um dia seria alvo da chacina  e ameaça do povo por ser considerada adúltera foi alvo da misericórdia Divina e é  conhecida a passagem Bíblica que descreve o “atire a primeira pedra quem não tem pecado”.

    Madalena lavou os pés do Senhor com suas lágrimas e o ungiu com perfume. Madalena foi a primeira testemunha da ressurreição e a primeira a anunciar o Ressuscitado. Dessa época em diante viveu o apostolado tanto que mereceu a honra dos altares.  Evidente que a mais notável, aquela que é o Sacrário do Espírito Santo e mãe do Messias é Maria, a Virgem de Sião. Merece realce  ainda Ana, Isabel, Ester, Suzana Joana, Sara, Rebeca, Ruth, dentre outras como está descrito no Evangelho de Lucas no Capítulo 8, versículo 3.

    A Bíblia menciona em João 4, 1-30 outra mulher que antes de Madalena reconheceu a divindade de Jesus e está no Evangelho de João, mas, não consta ali o seu nome. Só se sabe que ela era da Samaria. Ela, a Samaritana, tinha o hábito de ir ao poço buscar água e o fazia a partir de meio dia. Num desses dias  Jesus a encontrou e pediu a ela um pouco de água. Ela estranhou. Por que um judeu haveria de pedir água a ela  já que era sabido que ela era mulher de má reputação? Ela já deixava para ir ao poço mais tarde para evitar achincalhes da vizinhança e agora aparece um estranho a lhe pedir água? Foi o momento em que ele disse a ela: “se soubesse quem está a lhe pedira água seria você em que o pediria porque ele lhe daria água viva”. Ingênua, coitada ainda insistiu em lhe dizer: “você nem balde tem!” Ele disse a ela: “quem bebe de minha água jamais sentirá sede”. Ela mais que depressa lhe disse: “Dá-me então de sua água porque não mais sentirei sede e não precisarei aqui retornar”.

    Jesus mesmo sabendo de que ela não tinha marido e que o atual era um simples namorado a pediu para chama-lo. Ela retrucou dizendo que não o possuía. E ele lhe disse: tem razão, mas antes você teve cinco… Jesus que veio para os doentes e não para os sãos tão somente não levou em consideração o passado daquela samaritana. Ele quis saber de seu hoje. Como procede conosco. Está sempre pronto a nos redimir.  Perdoa-nos. Jesus poderia bem ter dado a primazia do testemunho da ressurreição a um dos apóstolos ou tê-la revelado de forma esfuziante aos olhos humanos, mas não! Escolheu uma anônima, uma pessoa simples e até rejeitada pela sociedade local. Ele é assim. Sua discrição era tanta que num daqueles dias de pregação da palavra Sua mãe e parentes se aproximaram e pediram para falar com ele e ele não paralisou  sua alocução. No entanto foram inúmeras vezes em que foi obediente a seus pais José e Maria, um deles foi por ocasião das Bodas de Caná quando faltou vinho e sua mãe lhe comunicou e ali ele realizou o primeiro milagre. “Fazei tudo o que Ele vos disser”, disse a doce mãe. E, aos pés da Cruz, Ele nos deu Maria por testamento através de João que nos representava ao dizer: “filho eis aí tua mãe” “Mãe, eis aí o teu filho”.

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