Fila por leitos não-covid, um drama paralelo à pandemia em Petrópolis
Então, a prefeitura requisitou administrativamente 51 leitos clínicos no Hospital Santa Mônica para pacientes covid ainda que a unidade, segundo os ministérios públicos estadual e federal, tenham levantado que “o HSM não tem credenciamento para leitos clínicos e que a Vigilância Sanitária estadual classificou o hospital como de risco sanitário alto”. Os Partisans leram 20 vezes a reportagem da Tribuna e 50 vezes o que foi registrado em ata na última reunião com os MPs para acreditar.
Defesa
Em sua defesa, a Prefeitura diz que a exigência não vale para hospitais de campanha. Porém, no decreto de 20 de março em que requisita os leitos de HSM, a prefeitura se refere apenas a “unidade de apoio à covid”. Mesmo assim, nunca funcionou direito e isso foi dito aos MPs pela própria prefeitura visto que o poder público só gerenciava os leitos e não os departamentos interligados ao atendimento como, por exemplo, a farmácia.
Só para covid
Mas, ainda chama a atenção que em sua defesa a Prefeitura diga que já devolveu os 51 leitos porque existem leitos suficientes na rede própria. Mas, seriam apenas para pacientes de covid, não? Porque a fila de pacientes não-covid que esperavam uma vaga na quinta-feira era de 48 pessoas. Isso mesmo: 48 pessoas. E foi a própria prefeitura que disse aos ministérios públicos. E disse ainda que a rede pública não tem mais como abrir leitos, a não ser que requisite ou contrate do Hospital Clínico de Corrêas. Mas aí fica a pergunta: porque já não fez isso? Teve que esperar os MPs tocarem no assunto?
Leitos usaram verba da Câmara
E vale lembrar também o seguinte: foi usada verba da Câmara de Vereadores, fruto de economia, que o legislativo devolveu para a finalidade específica de uso desses leitos. Como fiscal do executivo a Câmara deveria dar uma acompanhada nisso…
Organização
Também não dá para entender que 48 pessoas estivessem nesta fila, na quarta-feira, enquanto a rede publica tinha 42 leitos clínicos disponíveis para a covid, leitos estes espalhados pelo HMNSE, HAC e UPA Covid. Não dava para arrumar pelo menos parte deles em uma dessas unidades? E que uma dessas unidades, tipo o HAC, não tivesse mais internações covid em leitos clínicos?
Que maldade
De um Partisans sobre a licitação de R$ 13,4 milhões – três vezes maior que o valor atual – que a prefeitura abriu para a iluminação pública em Petrópolis: “o ex-secretário de administração, Marcus von Seehausen fez escola…”.
Dá para tudo!
Mas, não é por nada não. Nem vai ser lâmpada de led. Com este valor já vão meter refletor em tudo. E por esse valor cada comunidade ainda vai ter instalado um sinal do Batman. E cada rio ou lago vai ter um farol também.
Corre, gente!
E, por último: vereadores passaram o final de semana, depois da notícia de uma licitação deste porte, fazendo indicações de ruas que vão receber iluminação pública. Vão ter que fazer hora extra no protocolo da Câmara para registrar tudo.
Sem proteção
Numa passagem rápida, de carro, por Cascatinha no domingo por volta das 12hs, um Partisans ficou a-pa-vo-ra-do. Depois que passou de 100 ele até parou de contar: todo mundo sem máscara andando na rua, brincando na praçinha, circulando nos comércios…
Fura fila
Ué? Mas o PSD de Eduardo Paes – e não mais de Hugo Leal – pode apoiar Bernardo Rossi, do PL, como candidato a prefeitura em eleições suplementares? Mas e o professor Leandro Azevedo? Tudo bem que Hugo não manda mais no partido, mas a vez era do professor.
Contagem
Petrópolis está há 147 dias sem prefeito eleito pelo povo.
Consideração
Seria de muito bom tom nossas autoridades, mesmo que ainda não tenham sido presos os assaltantes da Relojoaria Ângelo, irem prestar solidariedade à família de empresários, levar uma palavra amiga e de esperança em dias melhores. Por mais de duas décadas o relojoeiro Lino Ângelo fez a manutenção do sistema de marcação de horas do Relógio das Flores sem cobrar nada.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br