• Fila de espera por leitos de UTI não-covid em Petrópolis chega a ter 18 pacientes; mais da metade são idosos

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  • 04/09/2021 17:45
    Por Luana Motta

    A fila de espera por leitos de UTI não-covid no município chegou a ter 18 pessoas, nesta sexta-feira (03). Informações fornecidas pela Defensoria Pública à Tribuna mostram que mais da metade são pacientes com idade acima de 60 anos. Na última semana, circulou nas redes sociais vídeos de familiares fazendo um apelo pela abertura de vagas em UTI para parentes, entre eles a mãe da jornalista Juliana Guimarães, que faleceu no último domingo, aos 32 anos. 

    A mãe da jornalista publicou um vídeo fazendo um desabafo, após o falecimento da jovem. Na gravação, ela afirma que Juliana teve que aguardar por dois dias no Pronto Socorro do Alto da Serra, até que fosse liberada uma vaga no Hospital Alcides Carneiro (HAC). 

    Segundo a Defensoria, há dias que a fila de espera na regulação de leitos chega a um número acima de 10 pacientes, a maioria está internada na UPA Centro aguardando a transferência, outros dentro do próprio HAC. Em julho, a Defensoria já havia questionado a Secretaria de Saúde o motivo da fila de espera para internação de pacientes não covid-19. 

    Em resposta à Tribuna, a Prefeitura disse que com a queda  na taxa de ocupação de leitos de UTI covid-19 desde junho e com o aumento da demanda por leitos para pacientes com outras enfermidades, a Secretaria de Saúde reestruturou a rede, remanejando leitos antes destinados a pacientes com covid-19 para pacientes com outros problemas de saúde.

    A Secretaria de Saúde informou que já fez o redimensionamento de parte dos leitos do Hospital Alcides Carneiro, o que permitiu que 10 leitos de UTI voltassem a receber pacientes não covid.  E que o mesmo aconteceu no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, que também teve leitos covid revertidos para casos de outras doenças. E disse ainda que o Hospital Clínico de Corrêas, está reestruturando as equipes, para a liberação de 15 leitos para pacientes com enfermidades não relacionadas a covid-19.

    A Prefeitura afirma que “vem trabalhando de forma incansável para a atender a demanda tanto de pacientes com covid-19 quanto dos demais, com outras enfermidades – desafio que é comum a todos os demais municípios pelo país – em especial para suprir as demandas referentes a internação de pacientes em leitos de UTI –  uma questão crônica na rede pública de Saúde”. 

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