• Fibromialgia: dor invisível exige atenção multidisciplinar

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  • 16/maio 19:07
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Reprodução

    Condição que desafia médicos e pacientes, a fibromialgia é caracterizada por dores generalizadas e crônicas no corpo que afeta, sobretudo, mulheres. A síndrome costuma surgir após traumas físicos, incluindo pós-operatórios de cirurgia ortopédica de coluna vertebral, traumas emocionais importantes, com quadros de ansiedade e depressão, além de questões hormonais e sociais. Embora não seja uma doença inflamatória, a síndrome exige um olhar atento e uma abordagem integral.

    “Os sintomas mais comuns são: dores difusas em todo o corpo, podendo ser articulares, musculares ou em tendões, hiperalgesia na pele, cansaço físico acompanhado de dor de cabeça, prisão de ventre, insônia ou sono não reparador, além de alterações do hábito intestinal. Deve-se fazer diagnóstico diferencial com outras doenças que podem dar dores articulares, como doença de tireoide, diabetes mellitus, doenças reumáticas específicas, entre outras”, explica a reumatologista do Hospital Santa Teresa, Ana Lisa Gallagher.

    Além disso, a fibromialgia também pode ser secundária, acompanhando outras doenças do aparelho locomotor, como a artrose, ou condições endócrinas, como o hipotireoidismo, doenças reumáticas, entre outros.

    Já em relação ao tratamento, a especialista recomenda, em primeiro lugar, a prática de atividades físicas, de preferência alguma que o paciente goste de fazer e que seja possível, por conta das dores. 

    “Se sabe que em uma atividade aeróbica, após apenas 30 minutos de exercícios, o organismo libera o hormônio da endorfina, que produz um bem-estar físico surpreendente. Desde uma caminhada eficiente, com pelo menos 6 km em uma hora para liberação de endorfinas, até a hidroginástica, dança, pular corda, musculação, pilates, fisioterapia motora e alongamentos”, completa a médica. Exercícios associados a atividades relaxantes, como a hidroterapia e a meditação, também são fortemente indicados.

    É importante se atentar também para o fato que a fibromialgia não é uma condição inflamatória. Portanto, medicações anti-inflamatórias não são indicadas para o tratamento da síndrome. Ao invés disso, Ana Lisa Gallagher recomenda analgésicos comuns ou opioides associados a correção do distúrbio do sono, relaxantes musculares, medicações antidepressivas, e outras medicações específicas para o tratamento conforme a história clínica de cada paciente.

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