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Dedicada à conscientização de doenças crônicas, a campanha “Fevereiro Roxo” tem como foco principal chamar a atenção da sociedade para as doenças de Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus. A escolha da cor roxa simboliza a luta contra essas enfermidades, que frequentemente envolvem desafios diários e persistentes para os pacientes.
O neurologista do Hospital Unimed Petrópolis, Carlos Augusto Nunes, e a reumatologista do Hospital Santa Teresa, Ana Lisa Gallagher, explicam o que são as doenças, as faixas etárias mais afetadas, além das formas de prevenção e tratamento.
Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma modalidade de distúrbio progressivo da memória que, com o tempo, outras funções cognitivas como a linguagem, a fala, e a capacidade de se orientar no tempo e no espaço, acabam por culminar em um quadro de demência. “O diagnóstico é essencialmente feito pelos sintomas apresentados pelo paciente, uma vez excluídos outros possíveis diagnósticos, mediante os exames apropriados”, explicou o neurologista.
A doença, segundo o médico, se manifesta, na maioria dos casos, em pessoas com idade acima dos 65 anos e, em casos mais raros, a doença pode se iniciar de forma mais precoce, embora seja relativamente raro.
“A melhor forma de minimizar o risco da doença é levar uma vida saudável, com atividade física regular, como caminhadas diárias; manter o cérebro ativo, mediante leitura ou outras atividades como caça-palavras, ou aprender uma nova língua; adotar uma dieta saudável, com o uso parcimonioso (menor) de álcool; não fumar; uso abundante de frutas, verduras, legumes e azeite de oliva; evitar alimentos industrializados; e convívio social regular”, acrescentou Carlos Augusto.
Fibromialgia
A Fibromialgia ataca especificamente as articulações, causando dores por todo o corpo, principalmente nos músculos e tendões. A síndrome também provoca cansaço excessivo, alterações no sono, ansiedade e depressão.
A reumatologista explica que a doença acomete mulheres na menopausa; deprimidas, que sofreram algum estresse emocional importante; e mulheres obesas. “O diagnóstico da doença é realizado através de uma boa história clínica, e afastando doenças que podem simular Fibromialgia, como a doença da tireoide”.
Ana Lisa ainda destaca as formas de tratamento para a doença.
“Importante descobrir alguma patologia que também possa dar dores difusas e tratá-la. Somando-se a isso, fazer exercícios físicos (pelo menos 30 min.) diariamente para liberação de endorfinas; tentar corrigir hábitos que pioram a qualidade de sono; terapia; e melhorar os sintomas da menopausa”, elencou.
Lúpus
Já o Lúpus é caracterizado como um distúrbio crônico que faz com que o organismo produza mais anticorpos que o necessário. Os anticorpos em excesso passam a atacar o organismo, causando inflamações nos rins, pulmões, pele e articulações.
A reumatologista ressalta alguns sintomas da doença, que são lesões de pele específicas, principalmente na face; lesões hipercrômicas e hipocrômicas em áreas expostas ao sol; lesões no couro cabeludo e alopecia (queda de cabelo); alterações neurológicas, como crises convulsivas; dentre outros sintomas.
Ana Lisa lembra, também, a importância do diagnóstico precoce e algumas formas de tratamento da doença.
“No LES (Lúpus eritematoso sistêmico), o diagnóstico precoce e correto ajuda a diminuir as consequências da doença. Em relação ao tratamento, é feito sob o uso de imunossupressores, imunomoduladores, além de acompanhamento frequente com reumatologista para controle clínico e laboratorial”, finalizou.
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