Festival de Inverno apresenta hoje o espetáculo ‘Rudá, um sonho real’
Após dois meses de temporada com grande sucesso no teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, “Rudá, um sonho real” entra em turnê por diversas capitais brasileiras (Belo Horizonte, Salvador, Recife, Aracaju, Belém, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, entre outras) até o fim do ano. Mas antes, passa pelo Sesc Quitandinha, nesta sexta-feira, dentro da programação do Festival Sesc de Inverno. A sessão será às 21h e os ingressos custam entre R$ 5 e R$ 20.
Primeiro espetáculo circense do diretor Gustavo Lobo, da Cia Rudá, de Santos, a peça é inspirada em brincadeiras infantis como amarelinha, esconde-esconde, pião e pipa. E também no tempo em que crianças brincavam na rua até o anoitecer, sem pressa, sem compromisso, fazendo da infância sinônimo de brincadeira.
O tema é desenvolvido através da união da dramaticidade do teatro com a sutileza da acrobacia aérea, a suavidade da dança e com um intenso trabalho atlético e corporal. Todos os ingredientes que resultam da experiência de dez anos de trabalho de Gustavo Lobo com companhias internacionais como o Cirque Du Soleil, Cirque Eloize, Teatro Sunil, entre outras.
A narrativa é conduzida por oito personagens que contam a riqueza de suas lembranças e o quanto era divertido um simples jogo de taco até a hora do jantar, remetendo à época que não éramos perseguidos pelo relógio. O espetáculo propõe ao público um resgate de uma infância remota, fazendo um contraste entre as gerações das brincadeiras que tomavam conta das ruas e as virtuais que não precisam sair de casa. 90 minutos. Classificação livre.
A Companhia Rudá Foi a concretização do sonho do diretor Gustavo Lobo. Ele passou boa parte da infância pulando de um a outro telhado na cidade de Santos. Até entrar na ginástica olímpica e fazer parte da equipe brasileira, representando o país nas Olimpíadas de Moscou. Lá foi descoberto e levado para o Cirque du Soleil, onde participou do processo de cria- ção do espetáculo “Corteo”, o primeiro a misturar o teatro com as acrobacias.
Cinco anos mais tarde foi convidado por Daniele Finzi Pasca, diretor do espetáculo canadense, a participar de uma nova criação, o “Nebbia”, dessa vez de sua companhia Suíça Teatro Sunil, em coprodução com o Cirque Eloize, do Canadá. Mas depois de dois anos e meio viajando o mundo com o espetáculo, voltou para o Soleil, onde ficou por mais três anos no espetáculo La Nouba, dirigido por Franco Dragone. Mas a saudade bateu mais forte e Gustavo resolveu colocar em prática o grande sonho de montar a sua própria companhia, trazendo para o Brasil todo o estudo e aprendizado ao longo desses 10 anos.