• Feliz Natal

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  • 22/12/2018 12:00

    Natal das famílias e das crianças. Fez-se luz. Um convite à paz e à concórdia. Busco nas Sagradas Escrituras no Livro do Evangelista e Apóstolo Lucas, capítulo 1, 26/38 e transcrevo em perfunctória síntese o Natal de Jesus, Maria e José. Natal do Anjo Gabriel, do “Sim” de Maria, de Isabel, dos Pastores, dos animais, da Estrela Guia e dos Reis Magos. “Não tenhas medo Maria, porque encontraste graça diante de Deus eis que conceberás e dará a luz um filho, a quem porás o nome de Jesus” E Ela disse: “Eis aqui a serva do Senhor”. Mais um Natal, queridos amigos leitores.

     Natal da simplicidade, da comunhão com a natureza. Jesus quis nascer numa hospedaria, simples, pobre, tendo como companhia alguns animais, o feno, pastores que ali acorreram guiados pela intensa luz que iluminou todo o universo. Sim, Ele nasceu homem, fazendo-nos a sua imagem e semelhança. Fala-se tanto nesta época de fraternidade, paz, concórdia… Enquanto isso, lojas infestadas, o consumismo, mesmo em meio à crise econômica. É preciso que se veja essa festa pelo ângulo espiritual e não material.

     Não seria o melhor presente à consciência tranquila, ou o agradecimento constante pela saúde, a virtude de podermos contemplar o pôr-do-sol, as estrelas que saltitam no cosmo, o sol, a chuva, o vento, o tempo, o calor, o frio, os pés para andar, as mãos para agradecermos, a boca para falarmos, nos alimentarmos, os lábios para sorrirmos, a água para saciarmos a nossa sede? E o amor, sentimento tão nobre e puro! Ah! Como seria bom se não deixássemos habitar pelo ódio, inveja, egoísmo, se pudéssemos abolir de nosso dicionário as palavras, prepotência, arrogância, crueldade, humilhação, hipocrisia, maldade, escárnio. Quem nos dera o desprendimento, vivermos num mundo de igualdade de condições, onde houvesse pão para todos, sem preconceitos nem pobres, nem ricos, não se frisasse que fulano é doente, velho ou estrangeiro. Bom seria se pudéssemos nos espelhar nas andorinhas que riscam os céus, as borboletas leves e soltas, os colibris beijando flor em flor… 

    Aprendemos com São Francisco e Santo Ignácio de Loyola em suas meditações sobre o Natal. São lindos o presépio e a árvore de Natal. É bom ganharmos o presente. Mas o presente que penso é o amor de Cristo, é a interminável lição de vida, desprendimento, o despojamento para o sim, que Maria soube nos dar. E a humildade de José? Obediente, casto, amigo, pai, irmão… Peçamos doravante muita tolerância, concórdia, piedade e perdão. É bela a capacidade de perdoarmos, o dom de relevarmos, a reconsideração, a reconciliação. Rezemos aos que sofrem, aos doentes, às famílias. Não haveria qualquer significado se Ele não encontrasse morada em nossos corações, se não estivéssemos desarmados e prontos para recebê-Lo. É tempo de reflexão, de rever os conceitos, de deflagrarmos uma guerra em favor da paz. 

    Que haja um olhar aos menos favorecidos, não fique apenas nos discursos de palanque as promessas de assistência aos aposentados, professores, assalariados, previdenciários, doentes, desvalidos, aos órfãos, aos menores que perambulam pelas ruas. Há de se realizar o sonho da habitação para todos, inclusive, saúde, saneamento, educação, pão, um banho de civilidade, progresso e harmonia entre os povos. Mas que não fiquem aqui apenas palavras, mas o firme propósito, porque Natal é para ser vivido durante todos os dias do ano. Espelhemo-nos em Maria que fez do Divino Filho nosso irmão que nos garantiu a vida eterna.

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