• Federação Sul-Americana de Krav Magá alerta para a prática de defesa pessoal com instrutores não-habilitados

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  • 14/02/2016 09:00

    O aumento nos índices de violência tem feito com que o cidadão comum esteja, cada vez mais, buscando formas de se defender. O krav magá, defesa pessoal israelense, tem sido uma das modalidades mais procuradas para essa finalidade, ganhando até mesmo projeção em novelas, séries de TV e filmes.

    Porém, quando se fala de defesa pessoal – e não de esporte, nesse caso – se fala de segurança e de preservação à vida. Ou seja, a defesa pessoal começa na sua própria atitude.

    Não adianta o aluno entrar em uma academia sem saber se seu organismo está apto para essa atividade ou sem conhecer o profissional com quem você vai trabalhar.

    O princípio da defesa pessoal é que o indivíduo possa voltar bem para sua casa ao final do dia. Ao praticar um exercício para ter saúde, é fundamental que o aluno se preocupe em verificar se seu corpo está apto para o treino, mesmo que a legislação não obrigue a sua academia a cobrar pelo atestado médico.

    Se o aluno vai buscar uma técnica para aprender a se defender da violência, é importante que se certifique sobre a qualificação do profissional com quem vai trabalhar, afinal é sobre a segurança que estamos falando.

    Mas nem sempre é o que acontece. As promessas de um resultado rápido, os modismos ou a comodidade de uma academia mais próxima, muitas vezes fazem com que as pessoas acabem nas mãos de falsos instrutores.

    Nos últimos anos, um movimento mundial e desenfreado pelo culto ao corpo fez nascer uma verdadeira indústria no que diz respeito à prática de atividades físicas, movimento que nada tem a ver com a busca por uma vida saudável.

    Aliado à questão da violência, esse crescimento de ofertas de academias também chegou às lutas e artes marciais, o que resultou em um aumento indiscriminado de pessoas não-qualificadas a ministrarem as diversas modalidades de lutas.

    As distorções praticadas por pessoas despreparadas para o ensino das artes marciais podem causar lesões físicas e psicológicas aos alunos. E, mais que isso, podem dar a esses alunos uma falsa sensação de segurança, por pensarem estar bem preparados para enfrentar a violência nas ruas.

    O krav magá, a única luta reconhecida como defesa pessoal e não como arte marcial, foi desenvolvido em Israel para permitir a qualquer um exercer o direito à vida.

    A modalidade foi trazida ao Brasil em 1990, por Mestre Kobi Lichtenstein, fundador da Federação Sul Americana de Krav Magá (FSAKM), a única representante oficial da modalidade no Brasil, Peru e Argentina e detentora da marca Krav Magá no Brasil.

    Mestre Kobi iniciou a krav magá aos três anos, com o criador desta modalidade, Imi Lichtenfeld e foi o primeiro faixa-preta de Imi a levar o krav magá para fora de Israel.

    A FSAKM mantém a prática e o ensinamento do krav magá fiel ao método utilizado em Israel e desenvolvido por Imi, o que faz desse trabalho uma referência mundial.

    A formação de instrutores de krav magá requer extrema responsabilidade, por se tratar de uma atuação profissional que envolve riscos de grandes proporções. O processo adotado pela FSAKM foi criado por Imi Lichtenfeld e ainda hoje é o método utilizado em Israel.

    Em Petrópolis, a academia VO2 tem aulas de krav magá, que são dadas pelo instrutor Carlos Eduardo Passos, o Cadu, que é chancelado pelas entidades que regem a modalidade. Mais de 60 petropolitanos, entre homens e mulheres, fazem a prática semanal da defesa pessoal. 

    Para ter condições de se defender, é necessária a união entre o conhecimento técnico e a capacidade mental, o que é desenvolvido a partir de treinamentos programados e avaliados. Porém, hoje se encontram no mercado diversos anúncios de “treinamentos relâmpagos” de krav magá, que prometem formar instrutores em curtos períodos de tempo.

    O cidadão que busca esse tipo de preparação, pretendendo se tornar um especialista em pouco tempo, tem a falsa impressão de estar preparado para se defender.

    Pois este cidadão corre muito mais risco que aquele que tem a certeza de não estar preparado. A ilusão gerada por um treinamento inadequado para a defesa pessoal pode ter graves consequências na hora do real perigo.

    A população pode e deve tomar parte no combate à violência. Porém, adotar um comportamento defensivo começa nos pequenos gestos. Verificar a procedência dos profissionais que cuidam de sua saúde e de sua segurança é o primeiro passo para a garantia de sua defesa pessoal.


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