• Federação de natação anuncia mais testes antidoping em atletas da China após escândalo

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  • 15/jul 17:44
    Por Estadão

    A World Aquatics, órgão regulador da natação, anunciou nesta segunda-feira que os atletas chineses que irão competir nos Jogos Olímpicos de Paris serão submetidos a pelo menos oito testes antidoping antes da competição na França.

    Em Paris, a equipe chinesa de natação deverá ter 11 atletas que tiveram teste positivo para uma substância proibido em 2021, seis meses antes da Olimpíada de Tóquio. Eles não foram suspensos e conquistaram três medalhas de ouro no Japão.

    Uma investigação apoiada pela China, em junho de 2021, apontou uma contaminação em massa por alimentos na cozinha de um hotel. O caso só veio a público há três meses. A Agência Mundial de Antidoping (AMA) foi criticada e alvo de uma investigação federal dos EUA por aceitar a explicação em 2021. Um relatório independente, produzido por um promotor suíço e divulgado semana passada, afirmou que a AMA não favoreceu os nadadores chineses.

    A World Aquatics também nomeou um estudo sobre o caso e o relatório de 11 páginas com recomendações foi publicado nesta segunda-feira, 12 dias antes do início das provas de natação em Paris. Detalhou a promessa de mais testes antidoping para alguns países antes das Olimpíadas e especialmente para a China.

    O documento afirma que “um certo número de atletas de nações específicas serão testados quatro vezes” desde o início do ano pela Agência Internacional de Testes, que administra programas antidoping para muitas modalidades olímpicas.

    Os nadadores chineses que competem em Paris “serão testados pelo ITA pelo menos oito vezes durante o mesmo período”. Essas amostras não seriam coletadas pela agência antidoping chinesa e também não seriam testadas por laboratórios na China.

    A World Aquatics deve publicar os resultados dos testes antes da cerimônia de abertura da Olimpíada, em 26 de julho. A equipe de cinco integrantes responsável pelo relatório foi presidida pelo ex-ministro espanhol do esporte Miguel Cardenal e incluía o nadador francês Florent Manaudou, campeão olímpico. “O comitê não identificou nenhuma irregularidade, má gestão ou encobrimento” por parte da World Aquatics, afirmou o documento.

    O relatório recomendou que a World Aquatics publique rotineiramente detalhes sobre quem está suspenso provisoriamente por possíveis violações. Também quer que sejam publicados detalhes sobre a frequência com que os atletas foram testados e por quem nos seis meses anteriores a eventos como Olimpíadas ou Campeonatos Mundiais.

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