• Fechado há um mês, posto de saúde da Rua Dias de Oliveira ainda não recebeu obras

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  • 25/04/2019 15:00

    Há um mês os moradores da Rua Dias de Oliveira e João Xavier, no Bingen, estão tendo dificuldades para conseguir o atendimento médico no Posto de Saúde da Família Menino Jesus de Praga. Após a queda de uma árvore que atingiu parte do telhado da varanda, o imóvel onde funcionava o posto foi interditado pela Secretaria de Meio Ambiente, por causa do risco de novas quedas de árvores. Desde então, os pacientes estão sendo encaminhado para os postos vizinhos.

    Os pacientes relatam que todas as atividades do posto foram suspensa. Mais de cem pessoas que participam de grupos de pacientes hipertensos e diabéticos, por exemplo, estão sem o atendimento que deveria ser feito no CEI São João Batista, para onde, segundo a Prefeitura, as atividades foram parcialmente transferidas. 

    Ontem, o aposentado Devanir Sixel, de 81 anos, estava as voltas com o aparelho de medição de glicose que teve que comprar para medir sua glicemia. “Tenho diabetes e preciso medir minha glicose com frequência. Com o posto fechado tive que comprar esse aparelho e não sei mexer. Não tem ninguém nem para me auxiliar”, lamentou. 

    Segundo os moradores, somente as agentes de saúde estão atendendo no CEI – local provisório indicado pela Prefeitura -, o atendimento é realizado de 7h30 às 12h. Sem um local adequado, exames, fichas médicas e até medicamentos estão sendo armazenados no antigo imóvel. A Prefeitura não indicou se fará intervenções no imóvel atingido, mas disse que está adotando providências para realizar a mudança do posto para uma unidade com melhor estrutura para o atendimento da população. 

    O posto funciona dentro da Comunidade Jesus Menino de Praga há mais de 20 anos. A caseira da comunidade, Sônia Regina, de 55 anos, disse que não vê necessidade na transferência de prédio. “Crianças, idosos, ninguém tem problema para acessar o posto. Não há necessidade de fazer essa mudança. Agora dizem que o local está interditado e enquanto isso os medicamentos ficam ai dentro, para passar da validade”, disse indignada.

    O comerciante Paulo Neves, de 68 anos, também é um dos pacientes do posto. Ele acredita que essa demora só prejudicará ainda mais os moradores que precisam do atendimento. “Faço parte do grupo dos hipertensos, é um grupo grande, e estamos sem o atendimento desde que interditou”, lamentou. 

    Na porta do PSF há um aviso informando os pacientes o motivo da suspensão das atividades no local e indicando que os casos urgentes sejam encaminhados para o PSF São João Batista, na Rua Luiz Winter. Segundo a Prefeitura, a unidade de saúde da Mosela está dando o suporte para os pacientes odontológicos. Mas os pacientes não tiveram informações sobre o resultado dos exames médicos feitos antes da interdição do imóvel. 

    Questionada, a Prefeitura afirmou que já foi identificado um novo imóvel para abrigar o posto na localidade e que passará por avaliação para que o processo de locação seja concluído. A Prefeitura estima que a unidade entre em funcionamento no novo local em 30 dias.

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