Fazenda reduz projeção de alta do PIB de 2025, de 2,5% para 2,3%
O Ministério da Fazenda diminuiu a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025, de 2,5% para 2,3%. A estimativa para o ano que vem permaneceu em 2,4%. As informações constam da grade de parâmetros publicada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) nesta quinta-feira, 11, no Boletim Macrofiscal.
A secretaria colocou que o PIB do segundo trimestre revelou moderação no crescimento de atividades cíclicas e contribuição negativa da absorção doméstica para o crescimento. “O ritmo de expansão das concessões de crédito tem se reduzido, junto com o aumento nas taxas de juros bancárias e na inadimplência”, disse.
A SPE ainda sustentou que, embora a taxa de desemprego siga no menor patamar da série histórica, “já se percebe uma tendência de desaceleração na expansão da massa de rendimentos real”.
A secretaria já havia mencionado um “leve viés de baixa” na sua projeção para o PIB de 2025 após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, no último dia 2. A economia cresceu 0,4% na margem no período, desacelerando após uma alta de 1,3% nos três primeiros meses do ano.
Agora, a revisão está relacionada ao resultado abaixo do esperado observado para o PIB do segundo trimestre comparativamente ao projetado em julho, o que, segundo a secretaria, repercute “canais potentes de transmissão da política monetária ao crédito e atividade”, disse a Pasta, no boletim desta quinta. Nessa revisão, também já foram considerados os impactos das tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras e a mitigação desses impactos com o plano de contingência do governo federal, o Plano Brasil Soberano.
Mesmo com as revisões, as projeções da SPE estão acima das medianas do último relatório Focus, que indicavam crescimento de 2,16% para o PIB em 2025 e de 1,85% para 2026.
Segundo a SPE, a partir de 2027, o ritmo de crescimento deverá se situar mais próximo de 2,6%, “podendo ser impulsionado ainda pela reforma tributária do consumo e por iniciativas relacionadas à transição para uma economia de baixo carbono, como a taxonomia sustentável e o mercado de carbono”.