Famílias procuram cães que sumiram durante as festas de fim de ano
Um dos maiores temores dos donos de pet é quando, por algum motivo, ele simplesmente desaparece. Todos os meses diversos animais fogem, são roubados ou simplesmente se perdem nas ruas. Mas durante as festas de fim de ano, por causa dos fogos de artifício, o problema se agrava. Só nos três primeiros dias de 2018, cerca de 6 tutores entraram em contato com a equipe da Tribuna para pedir ajuda na divulgação de fotos de cães desaparecidos. Quem sofre com a situação são os familiares, sem ter notícias de seu bichinho.
A Polly é um desses seis cães. No dia 30 de dezembro, por causa do barulho dos fogos de artifício em uma festa próxima a sua casa, no Bairro Esperança, escapou da coleira e fugiu. Segundo seu tutor, Lair Antônio Perico, a cadela está com a família há quase 10 anos, é muito mansa, não tem problemas de saúde, é vacinada e castrada. “Não sei mais o que fazer. Eu tenho um filho especial, e ela dormia todos os dias ao lado da cama dele. Ele está sentindo muita falta. Até a outra cadela que temos, que é filha da Polly, sente falta dela”, lamentou o tutor. Polly é adulta, marrom, é de raça misturada, lembra cão da raça pastor alemão. Desde seu desaparecimento, familiares percorrem os arredores do bairro em busca de notícias, mas segundo Lair, até agora nada.
A cadela Branquinha também fugiu no dia 30. Carina Carius, sua tutora, contou que ela estava acostumada a ficar no quintal, não ficava presa e essa foi a primeira vez que ela saiu sozinha. A família mora no Centro, e todos os dias sai de casa a procura de pistas sobre o paradeiro de Branquinha. “Uma pessoa me falou que ela estava na porta de um bar próximo a funerária no Centro, mas quando cheguei lá ela não estava. Hoje (ontem) uma pessoa me ligou dizendo que viu um cachorro com as características dela na Rua Teresa, meu marido vai tentar ir lá para ver. Estamos muito preocupados. Meu filho tem 3 anos chora de saudade dela”, disse Carina.
Assim como Carina, outras famílias estão seguindo pistas a procura de seus bichinhos. “Falaram que a Pérola estava no Terminal Rodoviário do Centro. Um homem chegou até a me mandar uma foto, e era ela mesma, mas quando cheguei ela já não estava mais. Todos os dias é essa aflição. Ela é muito medrosa e deve ter fugido assustada com o barulho dos fogos”, disse a tutora Tuane Barbosa. Pérola fugiu de sua casa na Estrada da Saudade no dia 31 de dezembro.
Em 2017, cerca de 44 animais desaparecidos tiveram suas fotos divulgadas pela Tribuna, na esperança que fossem encontrados. Em todo o mês de dezembro foram 8 animais desaparecidos. Entre 36 cães, 7 gatos e 1 calopsita, a divulgação de informações e a solidariedade da população, tem ajudado muitos destes animais a voltarem para seus lares. E algumas famílias tiveram um final feliz.
“Quando Betoven sumiu meu filho ficou desesperado, nós todos ficamos. Eu chorei quando ele sumiu e chorei de emoção quando ele voltou. Foram quase 4 dias desaparecido, mas ele voltou sozinho. Não sabemos o que pode ter acontecido, porque ele fugiu com a coleira e voltou sem. Mas o importante é que ele voltou”, disse, animada, a tutora Camila Elaine Reis. Betoven, de 1 ano de idade, mora com a família no Valparaíso, e tinha desaparecido no dia 30. A dona acredita que os fogos podem tê-lo assustado, e como voltou sem coleira alguém pode ter ficado com ele por todos esses dias.
Mariana espera ter a mesma sorte que a Camila, e a Pitchula volte logo para casa. “Ela sumiu no dia 01. Tem muito medo de fogos, achamos que por causa disso ela tenha fugido. Temos saído todos os das para procurá-la, estamos divulgando fotos nas redes sociais e entre amigos. Toda a família está muito preocupada. Estamos torcendo para encontrá-la logo”, disse Mariana de Oliveira Vicente.