Famílias com casas demolidas pela prefeitura serão indenizadas com valores entre R$ 90 mil e R$ 230 mil

Para fazer as obras de contenção no Morro da Oficina, no Alto da Serra, a prefeitura vai demolir 245 casas. E os moradores que são proprietários vão receber uma compensação financeira no chamado programa “Recomeço Seguro”. A prefeitura pagará entre R$ 90 mil e R$ 230 mil para cada família de acordo com a avaliação dos imóveis.

Dinheiro não dá

Evidente que havia casas ali que poderiam ser avaliadas até em menos de R$ 90 mil. Mas era o que deu para construir, por isso estavam ali, em área de risco. Se as pessoas tivesse mais dinheiro, não morariam ali. Agora achar que em Petrópolis possa haver casas seguras para serem compradas por R$ 90 mil é estar bem distante da realidade. Essas casas, sem estarem em áreas de risco e legalizadas, neste valor, não existem. Repetindo: não existem.  Quem receber R$ 90 mil vai procurar outro lugar, igualmente de risco, que vai ser o que dará para comprar ou construir com a indenização.

Acompanhamento

E se quiser mesmo garantir um “Recomeço Seguro”, como é o nome do programa, não vai bastar a prefeitura dar um cheque para cada família, apertar a mão e desejar boa sorte. Vai ser preciso ajudá-las a encontrar o lugar seguro.

Colecionadores

Petrópolis ganhou um novo tipo de profissional que está cotado para as eleições: o colecionador de áudio. O cara vai e entra em todos os grupos políticos possíveis e fica ali quietinho só observando a troca de mensagens. E guarda todos os áudios dos políticos: elogiando, esculachando, reclamando, debochando. Depois, quando a roda gigante da política gira e muda os cenários, eles usam. Tá bonito de ver, ops, ou melhor, de ouvir. Aquele que se refere ao pastor Brito é lindo.

Em vídeo também

E tem a ala que coleciona além dos áudios, imagens em vídeos, principalmente aqueles em que os personagens criticam os outros e depois se assentam no mesmo barco. Essa semana voltou a circular vídeo de um debate na campanha de 2020 quando Ramon Mello, que era candidato, sentou a falação, sem dó, no adversário, Bomtempo. Aquele do ‘farinha do mesmo saco’.  Hoje Ramon é secretário de Administração de Bomtempo…

Fator Castro

Longe de a gente implicar com o governador Claudio Castro, ariano de pavio curto, mas é apenas um conselho: na reeleição, ele teve em Petrópolis 105.011 votos que representam 67,36% dos votos válidos. Tá certo que a direita na cidade costuma ter a preferência do eleitorado, mas o mérito de Castro foi ter estado presente quando a cidade mais precisou, nas chuvas.

Presença

E ele compareceu com mais de R$ 700 milhões em obras e financiamento. Porém, falta uma parcela de intervenções combinadas lá naquela época e outras que podem ser estruturais para a cidade sem, necessariamente, estarem diretamente ligadas às chuvas. Para ser um bom cabo eleitoral do seu candidato a prefeito ainda a ser escolhido, Castro vai ter que terminar o que iniciou em obras e voltar a ser presente. E torcer para que o Midas ao contrário da política petropolitana não estrague.

Extravasor licita hoje

Mas hoje está sendo licitada a segunda fase do túnel extravasor do Quissamã e aí reacende uma esperança de uma presença maior do estado. É uma obra cara, afinal, só a emergencial, já concluída, ficou em R$ 72 milhões. Com mais essa intervenção prometida sendo cumprida, já melhora o relacionamento da cidade com Castro.

Esperançoso

Falando em eleição a prefeito, o nome de Hugo Leal, deputado estadual licenciado e secretário estadual de Óleo, Gás e Energia foi ventilado, mas o martelo ainda não foi batido. O ex-interino Hingo Hammes ainda nutre esperanças via Bernardo Rossi, secretário estadual de Governo de Castro, a quem tem incensado e atendido pleitos. Capaz de conseguir compor como vice.

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