• Família que perdeu tudo em incêndio precisa de doações

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  • 15/02/2018 10:31

    Roupas, móveis, eletrodomésticos, e até mesmo a comida. Tudo na casa da faxineira Maria Aparecida foi consumido pelo fogo durante um incêndio, que começou por volta das 11h de sexta-feira (10), na Escadaria do Marreco, na Rua Juiz Castro e Silva, no Jardim Salvador. Ela e mais cinco pessoas, entre eles uma criança de um ano e dois meses e uma mulher grávida viviam no local. Por sorte ninguém ficou ferido durante o incêndio, mas agora a família precisa de ajuda para recomeçar.

    Segundo a faxineira as chamas começaram no televisor da casa que ficava no quarto da família. O neto de apenas 14 anos foi quem percebeu que havia cheiro de queimado vindo da parede onde a TV estava e resolveu ligar para a avó. Na ocasião ela, que estava trabalhando, orientou que ele tirasse o aparelho da tomada e desligasse a energia da casa, mas em poucos minutos o fogo começou e se alastrou pelo imóvel. 

    “Quando ele viu o que estava acontecendo chamou os vizinhos para ajudar a apagar o fogo, mas foi tudo muito rápido. Ainda bem que ninguém ficou ferido pois a minha nora, que está grávida, também estava na casa no momento que houve o curto circuito. Mas, perdemos tudo. Estamos apenas com a roupa do corpo e algumas doações que nos deram, como uma cama com colchão, uma geladeira que apesar de não gelar completamente ajuda bastante, alguns alimentos, e cobertores. Mas estamos em dificuldade”, disse em lágrimas Maria Aparecida, de 52 anos que demorou 10 anos para conseguir erguer o imóvel que tinha um quarto, uma sala, um banheiro e cozinha.

    Na época, ela contou com ajuda de uma mulher para quem ela trabalha como faxineira esporadicamente, para conseguir o material de construção, e agora não faz ideia de como começar a reconstruir o imóvel que está condenado. “Os bombeiros vieram aqui no dia do incêndio e disseram que preciso derrubar todas as paredes. Apenas o banheiro pode ser aproveitado. Estou sem chão! Moro há 22 anos aqui, durante mais de uma década vivi em um barraquinho de madeira e depois tive ajuda para conseguir fazer as paredes de tijolo. Agora não termos casa, roupas, móveis, nem mesmo comida”, ressaltou com a voz embargada.

    O fogo foi controlado pelos próprios vizinhos da faxineira, pois por ser um local de difícil acesso prejudicou a chegada do Corpo de Bombeiros, que realizou o rescaldo no local. Após a tragédia a família passou a viver num imóvel próximo. “Um pastor nos deixou viver na casa dele até conseguirmos reconstruir a nossa. Pagaremos R$150 e vamos correr atrás para conseguir voltar a morar em casa”, afirmou.

    Por ser um local de difícil acesso muitas doações não foram entregues. “As pessoas não têm como trazer o que nos doaram e nós não temos dinheiro para pagar frete. Por isso quem conseguir trazer até a comunidade já ajuda muito, e assim que possível tentaremos um frete para buscar as outras coisas doadas”, disse.

    A Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntária informou que não foi acionada na sexta-feira para nenhum atendimento no local, e que uma equipe vai ao local verificar a situação da casa. A Secretaria de Assistência Social também irá ao local.

    Quem quiser ajudar a família com doações ou ajuda no transporte pode ligar para os telefones: 24 992577663 ou 992586012 e falar com Rayanne ou com Maria Aparecida.



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