
Uma família prestes a sepultar um ente querido no Cemitério Municipal de Petrópolis enfrentou um problema inesperado na tarde de quinta-feira (07): não havia vaga disponível para o sepultamento. O enterro estava marcado para 16h, mas, por volta das 14h, a situação chegou ao conhecimento do juiz Jorge Luiz Martins Alves, que se preparava para conduzir uma audiência sobre o acidente do Crazy Park.
O magistrado acionou o secretário de Serviços, Segurança e Ordem Pública (SSOP), Marcelo Chitão, que também participava da audiência. Chitão entrou em contato com o setor responsável e informou que havia apenas uma gaveta disponível — destinada originalmente a pessoas obesas. Segundo o secretário, não havia nenhuma outra sepultura livre no Cemitério Municipal.
Caso a família não aceitasse a gaveta, o sepultamento teria que ser realizado no Cemitério de Itaipava. Com isso, os familiares optaram por utilizar o espaço no Centro.
A Tribuna também recebeu outro relato parecido. Uma família teria enfrentado a mesma dificuldade em julho, e precisou realizar o sepultamento em Itaipava.
Problemas no local não são de agora
Os problemas no Cemitério Municipal não são de agora. Em março de 2024, após uma forte chuva, parte do Setor 9 desabou, destruindo diversas gavetas. Até hoje, a área aguarda obras. No fim de julho, a Prefeitura informou ter obtido um repasse de R$ 3 milhões do Governo Federal para a recuperação, mas não respondeu aos pedidos de detalhamento feitos pela Tribuna até a última atualização.
Ainda em 2024, em setembro, o Cemitério também virou caso de polícia, quando sepulturas foram incendiadas no local. Já em dezembro, pilhas de caixões foram vistas espalhadas pelo cemitério.



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