Família de bebê trocado em hospital vai pedir exame de DNA
Policiais da 105ª Delegacia de Polícia (DP) exumaram na tarde de ontem (10), no Cemitério de Itaipava, o corpo do recém-nascido trocado no Hospital Alcides Carneiro (HAC). Os pais do bebê, Júlio César de Souza Bastos, de 25 anos, e Suelaine dos Santos Andrade, de 23 anos, informaram não terem condições de reconhecer o corpo de filho e vão entrar com pedido de exame de DNA.
"Não sabemos em que condições nosso filho está e seria mais um choque pra nós. Achamos melhor entrar na justiça e pedir para fazer o DNA", disse o pai. Com isso, o corpo do bebê fica no Instituto Médico Legal (IML) até que o exame fique pronto. Após a constatação da paternidade e maternidade, o corpo será liberado para que a família realize o enterro.
O outro bebê, uma menina de 10 meses, foi enterrada ainda na tarde de quinta-feira (9). A família não foi encontrada pela equipe da Tribuna para falar sobre o caso.
O drama de Júlio e Sulaine começou na última terça-feira (7) quando a mãe recebeu a notícia que o seu filho, o pequeno João Miguel, havia morrido. Ela e o marido passaram quatro horas dentro do HAC, onde o bebê nasceu, sem saber onde estava o corpo da criança. João Miguel morreu às 9h15 mas, por volta das 18h, ao retornar ao hospital após resolver os trâmites do sepultamento do filho, Júlio percebeu que o caixão fechado tinha outro nome na etiqueta de identificação. Só, às 22h, a direção do HAC informou ao casal que o corpo do recém-nascido havia sido entregue por engano a outra família e enterrado ainda durante a tarde no Cemitério de Itaipava.
Na capela mortuária do hospital, o caixão com o corpo de João Miguel foi entregue à família de outra criança, uma menina de 10 meses, que também morreu na unidade de saúde. Sem perceber o erro, a família do outro bebê já havia, inclusive, feito o sepultamento. O caso está sendo investigado por policiais da 105ª DP.