Faltam compreensão e mea-culpa
Tem me chamado a atenção o que os que se auto denominam de esquerdistas estão dizendo nas redes sociais: uma fonte inesgotável de piadas prontas. Suas tarefas são postar o que julgam ser possível em tentar sabotar o governo. Diga-se de passagem, esta dita esquerda sempre foi melhor na oposição do que quando no governo e sabotar, inventar, mentir, desconstruir são verbos que continuam a pertencer a sua essência.
Quando digo que eles se auto denominam de esquerda é por conta da falta de compreensão de que ela só existe em nomenclatura, pois não há mais observação a conteúdos programáticos nos partidos (talvez apenas impresso em seus estatutos, mas sem observância por parte de seus membros, de seus preceitos), tampouco fidelidade a ideologias, e a bem da verdade não há mais socialismo, comunismo, nazismo, facismo e outros ismos; o que existe hoje é um pragmatismo de resultados, por caminhos transversos, onde cada grupo tem o seu. Todo o resto é discussão acadêmica restrita a bancos escolares de mestrado e doutorado. Inclusive me atrevo a dizer que a polarização, é uma dicotomia entre o patrimonialismo e o institucionalismo.
No caso do PT, por exemplo, presentemente, saímos de uma eleição onde o resultado das urnas não pode, nem deve ser ignorado, a falta de assimilação do alijamento do poder central, o discurso de golpe que volta e meia é lembrado e continua sendo um mantra repetido a exaustão, a tentativa infrutífera do retorno do "nós e eles", o discurso banal e vazio da perseguição ao partido, o que eles chamam de linchamento seja na política, seja na área judicial, e a voz contrária que atribuem à mídia, levou o partido a uma derrota no País inteiro. Sim, podemos atribuir como razão desta derrota fragorosa o continuismo da negação dos crimes, dos desfalques, da corrupção, da montagem e funcionamento de uma organização criminosa com propósitos de se manter no poder e de enriquecimento pessoal.
As falácias dos ganhos sociais, atribuídas ao primeiro governo Lula, foram desmontadas de per si, o desemprego se encarregou de sepultá-las de vez.
A bem da verdade, há falta de argumentos consistentes destes que ora torcem contra Temer e contra sua política; isto só se explica por sua má intenção e desprezo às necessidades do País e que, de forma egoísta, por terem sido retirados do poder, querem que tudo dê errado para que lá na frente possam dizer que estavam certos.
Quando estes compreenderem que seu discurso, esvaziado e tosco, precisa e muito ser burilado e auxiliado por conteúdos, será o momento de fazer um mea culpa, para perceber que a defesa por melhorias sociais, inclusões, e uma partilha mais equânime e justa de riquezas, não passa pelo ódio ou pelos radicalismos e sim pelo diálogo e maiores e melhores investimentos na educação.