• Falta de poda e atendimento precário da Enel prejudicam o fornecimento de energia elétrica aos moradores do Santa Mônica

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  • 26/11/2022 18:18
    Por Helen Salgado

    Os moradores da Rua Benjamin Gallotti, no bairro Santa Monica, em Itaipava, têm feito recorrentes reclamações contra a concessionária de energia Enel, já que segundo eles, a falta de energia elétrica é constante e o serviço oferecido não é de qualidade.

    Ingrid Milani, é moradora do bairro há 12 anos e ficou quase 24 horas sem luz nesta última sexta-feira (25). Segundo ela, não é a primeira vez que o problema acontece. O fato é que as próprias equipes da empresa não são bem-informadas – o que atrapalha a agilidade do serviço prestado.

    “Os próprios funcionários falavam que não estavam tendo informações entre as equipes. Fica muito difícil porque a gente perde um monte de coisa, a gente tem vizinhos com criança pequena e medicamentos na geladeira. Tudo isso são coisas que a gente está perdendo pagando uma conta de luz altíssima”, desabafa.

    Além do problema citado, Ingrid conta que a empresa não cumpre os prazos que são estabelecidos pela própria concessionária. A energia acabou na sexta-feira (25), por volta das 10h30. A empresa prometeu restabelecer a luz no mesmo dia às 14h – o que não aconteceu. Segundo Ingrid, a energia elétrica só retornou neste sábado às 10h.  

    “Só foi restabelecida porque nós brigamos muito. Conseguimos entrar em contato com o supervisor, ameaçamos fazer uma denúncia na delegacia e aí foi resolvido. Acho que é um desgaste muito grande e que não é necessário. Não sei o que está acontecendo, mas, de fato, parece que a empresa não está dando conta da cidade”, diz.

    Segundo a informação dada pelos funcionários da concessionária aos moradores, a falta de energia se deu por conta de um galho na rede elétrica – outro problema presenciado no local. Não há poda preventiva e por esse motivo, toda chuva ou ventania, os moradores temem que a luz possa acabar.

    “A grande questão é o tempo de resposta. Há pouco tempo, moradores de uma rua vizinha precisaram prender o carro da Enel para que fossem atendidos. A falta de comunicação entre as equipes é muito grande. Nós temos inúmeros protocolos de reclamações que toda a rua ligou e a cada hora era uma desculpa diferente”, lembra Ingrid.

    José Cláudio Soares mora no Rio de Janeiro, mas possui uma casa na região, ele chegou em sua residência na sexta-feira (25) por volta das 12h e já foi surpreendido pelo problema na luz que estava operando desde às 8h somente em uma fase. Imediatamente, o morador abriu um protocolo na Enel que informou que um carro estaria no local para resolver o problema às 14h44. No entanto, as equipes não chegaram ao local na hora estipulada pela própria empresa.

    Logo após, às 15h10, José Cláudio ligou novamente e foi informado pela atendente que a equipe poderia chegar às 16h30. O carro chegou quase 17h. Para surpresa dos moradores, o funcionário da Enel informou que não tinha condições de realizar o conserto porque a equipe não era habilitada para o tipo de reparo que o local necessitava. No mesmo momento, o rapaz mandou um aviso para uma outra equipe ir até o local resolver o problema até às 18h.

    De fato, uma outra equipe chegou ao local por volta do horário estipulado, no entanto, eles também não puderam resolver o problema porque as informações haviam sido passadas de forma errada. Ou seja, eles não tinham condições de realizar o conserto porque o problema estava no topo do transformador. Por isso, eles precisariam de um caminhão específico.

    De acordo com José Cláudio, a equipe informou que mandaria outros funcionários no prazo de duas horas – o que não aconteceu. Foi enviado outro carro às 1h46 com um supervisor da empresa para analisar a situação. Após a ida desse funcionário, foi solicitado pelo próprio um caminhão com a equipe que faz esse tipo de serviço. No entanto, o reparo só poderia ser feito com o tempo estável e de dia. Com todo o transtorno e falta de informações, os moradores ficaram quase 24 horas sem energia elétrica.

    A falta de luz constante se deve a falta de podas preventivas. José Cláudio diz que as fiações estão tomadas pela vegetação. “Vem agora o verão, chuvas, e essas ventanias que de vez em quando acontecem por aqui, vai resultar em uma falta de luz atrás da outra porque não tem manutenção”, conta.

    Em resposta à Tribuna, a Enel Distribuição Rio esclareceu que o fornecimento de energia da região foi normalizado após equipes identificarem uma falha em um transformador que atende a Rua Benjamin Gallotti. O problema foi identificado ainda na madrugada e finalizado por uma equipe especializada, que trabalha com a rede energizada, no início da manhã.

    Sobre a reclamação de poda, a companhia enviará, na próxima semana, uma equipe para verificar se existem pontos com galhos próximos ou em contato com a rede elétrica e programar as ações que forem necessárias.

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