Falta de manutenção preocupa quem circula pelo terminal de ônibus do Centro

A Estação Rodoviária Imperatriz Leopoldina tem sido alvo de muitas reclamações. Os usuários de ônibus denunciam a falta de estrutura do local. O teto está cheio de goteiras, com infiltrações e há muitos buracos no piso onde os ônibus circulam e também onde os usuários aguardam pelos coletivos. Eles também reclamam da falta segurança, principalmente na parte da noite, e das péssimas condições dos banheiros. 

Quem mantém comércio no local afirma que a falta de uma reforma prejudica os negócios. “As pessoas ficam preocupadas e insatisfeitas e isso diminui as vendas. Canso de ver, em dias de chuva, os usuários aguardando por um coletivo com guarda-chuva mesmo dentro da rodoviária. Trabalho há nove anos no terminal e nunca houve uma reforma que de fato resolvesse esses problemas”, reclamou o balconista Fernando Brito. 

Já a universitária Maria da Penha reclamou da falta de segurança. “Saio da faculdade por volta de 22h e toda vez vejo inúmeras pessoas alcoolizadas e/ ou brigando aqui. Isso nos preocupa e intimida. É preciso estar sempre atenta e, de preferência, andando em grupo. Quando não dá para fazer isso o jeito é rezar e torcer para o ônibus chegar rápido”, lamentou.

Os pombos também marcam presença no terminal e voam por toda parte, brigando por restos de comida espalhados pelo chão. Já nos dias de chuva só resta torcer para não ser mais um temporal típico da cidade. “São muitas goteiras! Além disso, os bueiros entopem e logo transbordam”, disse Maria.

A Prefeitura informou que a CPTrans busca uma parceria com a iniciativa privada para que sejam feitas melhorias na Estação Rodoviária Imperatriz Leopoldina. A companhia também levou à Justiça a empresa contratada pela antiga administração, que, em 2016, foi selecionada para realizar reparos e melhorias no terminal, sem nunca ter concluído às intervenções, apesar de ter recebido 93% do montante.

A CPTrans diz que vem realizando reparos emergenciais no terminal “para não prejudicar os usuários do local” e garante que mantém equipes de limpeza nos terminais, mas diz que é imprescindível que os usuários colaborem com a manutenção do espaço, utilizando os banheiros de maneira adequada, jogando o lixo nas lixeiras e não depredando o patrimônio público. Ao longo de 2017, a companhia precisou adquirir sucessivas vezes assentos sanitários para substituição, seja porque esses objetos foram vandalizados ou até mesmo pelo furto desses materiais.

A Guarda Civil informou que atua no terminal com o objetivo de garantir a ordem no espaço público, que é voltado ao embarque e desembarque de passageiros, e, portanto, aberto à livre circulação de todas as pessoas. Em caso de violência, perturbação da ordem ou danos ao patrimônio, a Guarda Civil ou a Polícia Militar devem ser acionadas pelo telefone 153 (Guarda) e 190 (PM).