• Falta de calçamento e iluminação dificultam acesso à Rua São Paulo

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  • 23/07/2019 14:30

    Os moradores da Rua São Paulo, no Quitandinha, lutam há mais de dez anos por melhorias básicas. Apesar da via constar como asfaltada na Prefeitura, a realidade dos moradores é bem diferente: o chão de terra dificulta o acesso de quem vive no local. Além da falta do calçamento, os moradores denunciam que convivem com esgoto a céu aberto e a falta de iluminação pública na localidade. 

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    Com um caminho de chão batido e pedras colocadas por moradores a fim de facilitar o acesso quando tudo se torna lama, os moradores da Rua São Paulo não sabem mais a quem recorrer para que os serviços de manutenção sejam prestados. “Eu estou aqui desde 2004, e desde então solicito as melhorias para a rua, mas eles sempre inventam uma desculpa. Já me falaram que a rua já consta como asfaltada e como se tivesse uma rede de esgoto. Há oito meses, me falaram que não tinham verbas para realizar a obra. Nós não temos nada aqui, nada mesmo”, conta a moradora Dirlene Machado, 42 anos.

    O esgoto se encontra no final da rua a céu aberto, mas o mal cheiro se espalha por toda localidade. Sem a rede de esgoto apropriada, os moradores não conseguem a instalação de uma rede de água. 

    “Os nossos hidrômetros estão todos na rua de cima, o sr. Armando que deixa passar o cano que leva para todas as casas aqui no terreno dele, porque se não nem isso teríamos, e a Águas do Imperador fala que só pode colocar a rede aqui embaixo se tiver rede de esgoto”, disse Rosana dos Santos, de 54 anos, e que mora na rua há 12.

    “A gente se propôs a ver quanto que é para puxar a rede para cá e depois dividíamos entre a gente, mas eles não estão nem ai, não tem boa vontade nenhuma de colocar, porque mal ou bem estamos pagando pela água, somos nós que somos prejudicados”, conta Beatriz Moreira, 56 anos, moradora há 22.

    Os problemas não param por ai. A falta de manutenção viária nos 400 metros da rua prejudica o acesso de táxis e vans que se recusam a subir. “Minha neta ficou comigo aqui por um tempo, nós tínhamos que levar e buscar lá em baixo, porque ninguém aceita subir”, contou Rosana.

    “Se falar que é aqui, eles se recusam a subir, dizem que não vale a pena a corrida porque dá muito problema no carro, com suspensão e outras coisas”, relatou Gisana Geiza, moradora há cinco anos da rua.

    O morador Armando de Souza, 83 anos, é o morador mais antigo da rua, residindo no local há mais de 50 anos. “Sou o primeiro morador, nunca fizeram nada para cá. A gente que se organiza para comprar o cimento e as pedras para tapar os buracos, mas não temos nem caçamba de lixo”, disse ele.

    A caçamba mais próxima é na Rua Rio de Janeiro ou na Rua Campos, onde são despejados os sacos de lixo de quem consegue sair de carro. Quem não tem meio de transporte próprio deixa o lixo na Rua Itatiaia antes de pegar o ônibus.

    A segurança dos moradores também está em risco, não apenas por questões de saúde, com o esgoto a céu aberto, mas com a falta de iluminação para subir a rua à noite. “Não temos como subir de táxi, nem de ônibus. Sem iluminação pública é muito complicado vir para casa à noite. A Prefeitura disse que a Enel precisa instalar uma tal de rede baixa para colocar a luminária, mas até o momento nada foi feito, precisamos subir a pé no escuro. Lá consta como se a rua tivesse tudo, asfalto, rede de esgoto, mas não temos nada”, relatou Dirlene

    Em nota a Prefeitura informou que a Secretaria de Obras vai analisar o pedido de asfaltamento feito pelos moradores. Sobre a iluminação pública, o Departamento de Iluminação Pública vai enviar uma equipe da Vitorialuz para vistoriar a Rua São Paulo e providenciar reparos necessários. Quanto ao esgoto, o bairro Quitandinha conta com uma Estação de Tratamento de Esgoto para atender os moradores. A Prefeitura fará contato com Águas do Imperador para verificar a informação sobre a Rua São Paulo. A Tribuna procurou também a assessoria da Águas do Imperador para que esclarecessem a situação, mas o jornal não obteve nenhuma resposta até o fechamento desta edição. 


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