Falência do sistema de transporte pode custar a eleição de 2024

Caso os governistas ainda não tenham pensando nisso, a falência do sistema de transporte público em Petrópolis pode custar a eleição. O prefeito Rubens Bomtempo pretende ser candidato à reeleição, mas ocorre que hoje, além da falta de uma política habitacional em decorrência de tudo que a gente vive por causa das chuvas, o que mais anda apertando o calo do petropolitano é o sistema deficiente de transporte. Saúde e educação são considerados ‘sob controle’ e aí boa parte do mérito é da gestão de Bernardo Rossi que Hingo Hammes preservou em sua interinidade. A pauta para a eleição do ano que vem mudou para transporte e talvez seja mais difícil de resolver.

Sem pulso

Ocorre que a prefeitura não tem agido com o pulso firme sobre as empresas concessionárias do serviço e a situação ficou ainda mais agravada com o incêndio na garagem dos ônibus da PetroIta e Cascatinha. As  outras três empresas mantêm um serviço relativamente de acordo, mas a situação das viações deficitárias compromete todo o sistema.

Vai levando

O que se vê é uma ‘empurrada’ de barriga na situação porque a prefeitura poderia romper os contratos. Ou tomar qualquer outra providência como fez a gestão Mustrangi – que apanhou muito, mas depois foi reconhecida neste quesito.  Está no horizonte uma licitação para novas concessões em 2025, mas já se ouve falar que as empresas, por causa do incêndio, poderiam alegar desequilíbrio econômico-financeiro de seus contratos e conseguir ficar mais tempo.  A prefeitura, se suspender contratos, vai ter que ser ágil para uma boa solução. E se não suspender vai ter aguentar as consequências do desserviço das atuais permissionárias.  O resultado vai ser visto nas urnas.

Contagem

E Petrópolis está há 192 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Já era

O embate da Câmara com a gestão Bomtempo chegou a um dos seus momentos mais críticos. Isso em função das emendas impositivas. Ano passado, após mudança na legislação, vereadores puderam carimbar no orçamento 2023, R$ 1 milhão cada um, apontando em que obras e serviços deveriam ser empregados. Ocorre que depois de um ano as emendas não foram aplicadas. A prefeitura diz que faltam projetos e outras questões burocráticas, mas a questão é, antes de mais nada, política. E os vereadores foram inocentes acreditando que ter a emenda bastaria para ela ser aplicada.

O plano

E o plano é o seguinte: aguardar que Hingo Hammes seja eleito para que, em 2025, sentado na cadeira de prefeito, aplique as emendas. Falta combinar com os eleitores e os demais concorrentes e ainda reeleger toda oposição da atual legislatura para que os vereadores possam colher os louros das emendas. Coisa boba de conseguir.

Vamos botar pra rolo!

Vereadores mencionaram na semana passada que existem possíveis irregularidades na aplicação dos recursos do Fundeb em 2022. Mas, quais seriam exatamente já que estão fiscalizando o poder público? Ministério público não é o 16° vereador, não.

Eu, hein!

Gente, alguém ajuda a Câmara de Vereadores a batizar suas audiências públicas e comissões. Vejam a Polícia Federal: batiza as operações com nomes  como “Lucas 12:2”, “Lava Jato”, “Zelotes”. Aí vêm os vereadores e criam a Comissão Especial sobre a Problemática dos Fios em Nossa Cidade, que é para discutir o sanhaço do emaranhando de fios da Enel e empresas de telefonia e internet nos postes. Por que não batiza de Comissão Balaio de Gatos? Porque aí já fica todo mundo mais inteirado.

Manda um zap!

Ficamos bestas: na era digital a prefeitura estima pagar R$ 7 mil até o final do ano aos Correios por ‘postagens diversas’.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br