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  • 10/12/2023 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    Já citei aqui que de vez em quando é bom sairmos para correr sem relógio e sem celular para não ficarmos escravos da tecnologia. Toda essa tecnologia é boa desde que façamos bom uso delas.

    Um interessante estudo publicado na BMC Psycology, em 2019, citado pela psicóloga clínica Wendy Troxel, especialista em Medicina comportamental do sono, conclui que atletas viciados em correr usando os relógios inteligentes podem ficar estressados e sofrer o que chama de ortossonia. Que palavrão é esse?

    Trata-se de uma obsessão em buscar um sono ideal comandado por aplicativo rastreador de sono. Esse estresse comportamental também vem sendo registrado em corredores (as) que ficam irritados quando seus relógios GPS ou inteligentes não funcionam. Mais outro grande perigo vem acontecendo nos desafios de grupos de treinamento compartilhados. O relógio alerta! “Parabéns! Você venceu mais um desafio!” Só que esses desafios vão aumentando cada vez mais!

    O próprio corredor se sente atraído em correr mais do que outro que está no grupo. “Corri mais do que ele”. O outro quer correr mais e os dois acabam se lesionando. Portanto, cuidado! A tecnologia dos relógios inteligentes vieram para nos ajudar a ter melhor controle das nossas performances. Não para trazer problemas. Aproveite seus treinos diários focados no prazer, bom senso e moderação, independente de estar usando ou não seus smartwatch’s, aplicativos no celular ou monitores cardíacos.

    Não tem problema nenhum registrar tudo desde que crie suas próprias metas e desafios viáveis. Compare o que você “pode” realizar com os sugeridos pelos aplicativos. Por vezes o que o aplicativo sugere não é bom para você. Façamos bom uso da tecnologia!

    **Literatura Sugerida: Ryan et al. Anxious or Empowered? A Cross-Sectional Study Exploring How Wearable Activity Trackers Make Their Owners Feel – BMC Psychology (2019).

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