• Exposição “A Vida em Revelações” inaugura novo espaço dedicado à arte em Petrópolis

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  • 26/03/2023 11:08
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Na sexta-feira (24), foi aberta a exposição “A Vida em Revelações”, com a curadoria da Associação Fluminense de Artes Visuais e Poesia (AFLIP). Fotografias e poemas concretos de educadores que atuam em Petrópolis fazem parte da exposição. Representando mais um local para a cultura em Petrópolis, as artes visuais foram inauguradas na galeria do Edifício Esperanto, que fica na esquina da Rua Alencar Lima com a Rua 16 de Março.

    Na inauguração, foram expostas fotografias de quatro educadores que, além da dedicação ao magistério, também se dedicam às artes visuais com o objetivo de ampliar o espaço educacional fora das salas de aulas. O fazer refletir a partir de um “clique” da realidade, que possa permitir uma reflexão de caráter educativo, uniu esses educadores com largas experiências no magistério petropolitano, tanto na rede pública quanto privada. O fascínio pelas artes os levou a compartilhar imagens captadas da natureza, de monumentos que revelam detalhes do belo, além do trabalho com a linguagem de forma icônica. Esse trabalho explora também a pareidolia, um fenômeno psicológico em que a percepção de uma imagem nos faz lembrar de outra.

    “Educar o ver também é uma arte. Recortar do real o que permite refletir também consiste em uma prática pedagógica. O amar a arte leva a criatura a entender melhor a dimensão do Criador. Como somos colegas de trabalho, mesmo atuando em disciplinas diferentes, carregamos a certeza de que a aprendizagem é um processo contínuo. O prazer de aprender alimenta desafios. Eu, Lilian, Bini e Hilton aceitamos o desafio de manter um projeto interativo em espaços abertos com o propósito de pensar e repensar a vida”, conta Ataualpa Pereira Filho, um dos expositores.

    Sobre a exposição

    “A Vida em Revelações” é uma etapa desse desafio em que a ternura é o colírio para ampliar a visão sobre o belo. Aprender a enxergar a beleza da vida é a parte do trabalho educacional que humaniza…

    Para expor a forma dos quatro de ver a Arte, eles assinaram o seguinte texto que ficará exposto com o propósito de contar um pouco da criação da AFLIP e da nossa história:

    “A vida em revelações. O viver revelado. Imagens poéticas. Poesia e vida concretas. A Arte exposta, aberta em galerias, inseridas no dia a dia para quebrar rotinas.

    Ver. Pensar. Contemplar. Refletir. Imaginar. Ir além…Ampliar-se com Arte, pela Arte, em Arte. Ser criatura capaz de criar.Clicar, flagrar o cotidiano. Captar realidades. Expor o belo, o reflexivo, o contraditório, a inquietação. Dar sentido. Sensibilizar-se. Emocionar-se…

    Do real ao imaginário, mundos sensoriais. Sobre eles, lentes registram momentos que, compartilhados, o tempo leva à eternidade. Guardar na lembrança, no coração, na mente. O para sempre passa por instantes vividos…

    Compartilhar é tornar-se coletivo. A Arte para ser compartilhada precisa ser exposta, publicada. A bem do belo, somar, adicionar, multiplicar os gestos em que o humano reverencia a vida em plenitude. A luz flagrada para iluminar corações e mentes…

    A Associação Fluminense de Artes Visuais e Poéticas (AFLAVIP) está neste espaço por um ato de união e partilha: quatro educadores, amigos, colegas de trabalho, unidos pelo amor a Arte, além da dedicação eterna ao magistério, sentiram a necessidade de expor seus trabalhos fotográficos e poéticos.

    Todo o amadorismo expresso aqui precisa ser convertido em gratidão, pois o objetivo maior não se concentra na exibição de técnicas, mas na exposição do humano em momentos ternos. E, nele, há falhas…

    A semente dessa associação foi gerada no dia 23 de novembro de 2019, no III Fórum de Educação, realizado na Casa da Educação Visconde de Mauá, localizada na Avenida Barão do Rio Branco nº 03 – Petrópolis – RJ.

    Diante dos trabalhos expostos no referido fórum, surgiu o propósito de ampliar o número de exposições com caráter educativo, possibilitando instantes de reflexões a partir de imagens e textos que possam proporcionar questionamentos introspectivos. A interação pela arte fortalece laços afetivos, humaniza…Os expositores são educadores provenientes da geração do “giz e quadro-negro”. Carregam consigo largas experiências não somente do campo pedagógico, mas também nesta travessia que o tempo rega com vivência e amadurecimento. Contudo, continuam imersos no processo de aprendizagem, desafiando limites, aprimorando conceitos, assimilando lições de vivências registradas no tempo.

    Passe por esta exposição e leve a certeza de que alguém pensou em você e quis oferecer o melhor flagrado em um instante de contemplação da vida.”

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