• Expectativa de desembolso do BNDES pode chegar a R$ 160 bi em 2024, diz diretor

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 04/mar 18:12
    Por Gabriel Vasconcelos e Daniela Amorim / Estadão

    O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira que, na previsão mais otimista, os desembolsos do banco podem chegar a R$ 160 bilhões em 2024, cerca de 1,4% do PIB brasileiro.

    Barbosa disse que a direção do BNDES trabalha com uma expectativa de desembolsos entre R$ 125 bilhões e R$ 160 bilhões ao longo de 2024, o que ficaria entre 1,1% e 1,4% do PIB do País. Em 2023, os desembolsos do BNDES alcançaram 1,1% do PIB, ante 1% em 2022. Barbosa fez os comentários em coletiva de imprensa sobre os resultados financeiros do BNDES em 2023.

    “A retomada de captações externas ajudaria o aumento de desembolsos. E quanto maior o investimento na economia, maior tende a ser o envolvimento do BNDES”, disse Barbosa ao citar o Novo PAC e planos como o Nova Indústria Brasil (neo industrialização) e o Plano de Transição Ecológica como vetores futuros do crescimento dos desembolsos. “(Esses planos) ajudam na expansão sustentável da demanda”, completou.

    O diretor defendeu que o BNDES é a instituição que mais entende de investimento de longo prazo sobre o Brasil no mundo e, portanto, seria opção natural.

    Dados de 2023

    Segundo o diretor, as consultas em infraestrutura saltaram de R$ 59 bilhões em 2022 para R$ 126 bilhões em 2023; as aprovações em infraestrutura, de R$ 64 bilhões para R$ 79 bilhões de um ano para o outro; e desembolsos em infraestrutura saíram de R$ 42 bilhões em 2022 para R$ 48 bilhões em 2023.

    Ele destacou, também, que as aprovações com recursos do Plano Safra e Crédito Rural saíram de R$ 26,9 bilhões em 2022 para R$ 39,4 bilhões em 2023.

    “Dos desembolsos do ano passado, 82% foram realizados a taxas de mercado”, disse Barbosa, negando versões sobre aumento desordenado de empréstimos subsidiados, em geral vindas de críticos do aumento da participação do banco no mercado de crédito do País.

    Últimas